Senado dos EUA deve aprovar ação mais restrita contra Síria, diz senador

3 set 2013 - 13h16

Uma resolução que autoriza o uso da força militar na Síria provavelmente irá passar no Senado dos EUA, mas não sem mudanças específicas, disse o chefe do Comitê de Relações Exteriores do Senado nesta terça-feira, antes de uma audiência de avaliação dos planos norte-americanos.

Foto de arquivo do senador democrata Robert Menendez, durante uma sessão do Senado, em Washington. Uma resolução que autoriza o uso da força militar na Síria provavelmente irá passar no Senado dos EUA, mas não sem mudanças específicas, disse o chefe do Comitê de Relações Exteriores do Senado nesta terça-feira, antes de uma audiência de avaliação dos planos norte-americanos. 14/02/2013
Foto: Gary Cameron / Reuters

"Eu acredito que nós vamos chegar lá", disse o presidente da comissão, o senador democrata Robert Menendez, quando perguntado se o Senado teria os 60 votos necessários para aprovar a resolução.

"Eu acho que a nossa resolução acabará sendo muito mais sob medida do que a que o governo nos enviou", ressalvou ele.

"No final do dia, vamos encontrar o equilíbrio entre a necessidade de agir e uma ação de uma maneira que atenda nossos objetivos e não crie uma proposta aberta, de longo prazo, com tropas no terreno", disse ele à CNBC na entrevista.

O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, vão apresentar o plano da administração Obama para uma ação militar dos EUA na audiência marcada para começar às 15h30, no horário de Brasília.

O debate no Congresso acontece depois que o presidente Barack Obama dizer no sábado que buscaria a aprovação dos parlamentares para um potencial ataque em resposta ao que Washington diz ter sido um ataque com gás sarin feito pelo governo sírio, no qual morreram mais de 1.400 pessoas, muitas delas crianças, perto de Damasco em 21 de agosto.

Embora tenha dito que iria buscar a aprovação, Obama afirmou não precisar de autorização do Congresso para um ataque contra a Síria.

Alguns parlamentares dos EUA, incluindo colegas democratas de Obama, já disseram que estão preocupados que o projeto do presidente poderia ser muito aberto e permitir que possível o uso de tropas terrestres ou eventuais ataques a outros países.

Menendez, falando à rede CBS News, disse desejar que Kerry e Hagel ofereçam "a justificativa completa para o uso da força" e detalhem "como será a campanha de forma ampla, especialmente no que se refere ao resultado final".

"Se esses dois fluxos de informação vierem com força perante a comissão, eu acho que a comissão irá agir para finalmente buscar o uso da força e uma resolução e, em seguida, trabalhar para levá-la ao plenário do Senado", disse ele ao programa da CBS "This Morning".

A comissão também vai realizar uma audiência a portas fechadas na quarta-feira para discutir a inteligência relacionada com a Síria, disse Menendez a CBS.

Ele poderia, então, começar o debate sobre a versão do Senado para o projeto de lei na quarta-feira à tarde, com o objetivo de enviá-lo ao plenário do Senado para debate na próxima semana.

A Câmara dos Deputados e o Senado retornam de seu recesso de verão em 9 de setembro. Ambas as casas teriam de aprovar a autorização, e ainda não está certo se a administração Obama tem os votos necessários.

(Reportagem de Susan Heavey)

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