Senadores americanos defendem abertura de embaixadas em Cuba
Comitiva reconheceu que há oposição no Congresso americano, mas disse que há tempo para conseguir o apoio dos colegas
Uma delegação de senadores dos Estados Unidos, liderada pelo democrata Patrick Leahy, defendeu neste sábado em Havana a reabertura de embaixadas entre os dois países.
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"Temos que abrir uma embaixada, uma embaixada completa", disse Leahy (de Vermont) em uma coletiva de imprensa com seus colegas Ben Cardin (democrata de Maryland) e Dean Heller (republicano de Nevada), que fazem uma visita de quatro dias à ilha.
Os senadores reconheceram que há oposição no Congresso americano à normalização das relações com o velho inimigo de Guerra Fria, mas ressaltaram que se trata de uma postura minoritária e que farão esforços por conseguir o apoio de seus colegas.
"Acho que o único benefício do embargo foi a criação de Las Vegas", expressou Heller, arrancando risos dos presentes, em referência ao fechamento dos cassinos em Cuba após a Revolução Cubana, favorecendo o desenvolvimento da cidade de Nevada.
Heller, que visita a ilha pela primeira vez, lembrou que resta a Obama um ano e meio de mandato, e que nesse tempo ainda é possível flexibilizar ainda mais as viagens à ilha e reabrir as embaixadas, fechadas em 1961.
Desde 1977, os dois países abriram Escritórios de Interesses em Washington e Havana, que cumprem principalmente tarefas consulares.
Estados Unidos e Cuba mantêm desde janeiro várias reuniões de alto nível para o restabelecimento de relações diplomáticas, o que se espera que ocorra em julho.