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Estados Unidos

Snowden recebe ameaças e teme por sua vida, diz advogado

21 jan 2014 - 16h39
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<p>Edward Snowden, ex-analista da intelig&ecirc;ncia americana&nbsp;(imagem de arquivo)</p>
Edward Snowden, ex-analista da inteligência americana (imagem de arquivo)
Foto: AP

O ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana Edward Snowden teme por sua vida após ter recebido "ameaças" vindas dos Estados Unidos, disse nesta terça-feira seu advogado, Anatoli Kucherena.

"Estamos preocupados com a situação de Edward (Snowden). Escutamos as declarações de alguns funcionários americanos, que incluem ameaças potenciais e ocultas. Abertamente, estimulam a violência física contra Edward", disse Kucherena às agências locais.

O advogado destacou que, nas últimas semanas, também "aconteceram ameaças diretas de liquidação física vinda de vários agentes aposentados dos serviços secretos norte-americanos".

"Agentes que serviram antigamente nos serviços especiais disseram estar dispostos a matar Edward", denunciou o advogado, que disse que pedirá aos órgãos de segurança russos e americanos que investiguem essas ameaças.

Em caso de necessidade, acrescentou, "pediremos que as analisem do ponto de vista legal e garantam a segurança de Snowden", que recebeu asilo temporário na Rússia em agosto de 2013.

"É uma autêntica ameaça de assassinato e nos preocupa o que ninguém reaja diante disso", observou Kucherena, que lembrou que Snowden tem direito, como qualquer cidadão russo, a solicitar a proteção das forças de segurança do país que o acolhe.

Seus guarda-costas "são empregados de uma empresa privada, mas estamos falando de garantir a segurança em nível federal", precisou.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disseram que as escandalosas revelações de Snowden sobre a espionagem da NSA trouxeram "mais prejuízo que transparência".

O ex-analista da NSA, acusado pelos EUA de espionagem e traição, encontrou trabalho na Rússia no setor da tecnologia da informação, embora por motivos de segurança seu paradeiro seja mantido em segredo.

EFE   
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