Sobe para 11 número de mortes causadas pelo furacão Michael
O fenômeno, já reduzido a tempestade tropical, passou por Florida, Georgia, Carolina do Norte e Virgina, deixando um rastro de destruição
Considerado o terceiro mais forte da história dos Estados Unidos, o furacão Michael devastou regiões da Florida e deixou, segundo as informações mais atualizadas divulgadas pelas autoridades, um total de 11 mortos. A intensidade do fenômeno foi reduzida ao longo das horas e o furacão passou a ser classificado como tempestade tropical. Nesta sexta-feira, o Michael chegou à Virginia e logo deixou o continente, afastando o perigo para os cidadãos norte-americanos.
Em Virginia, 520 mil casas ficaram sem energia, segundo as autoridades. O Michael passou pela Florida e foi subindo o continente, devastando cidades de outros estados como Georgia e Carolina do Norte, que já havia sofrido recentemente com outro furacão, denominado Florence.
O fenômeno saltou rapidamente, no fim de semana, da categoria 2 para a categoria 4. Mais de 375 mil pessoas na costa do Golfo do México foram obrigadas a sair da região, mas o furacão foi tão rápido que muitos não tiveram tempo de se preparar, e outros tantos não obedeceram às ordens das autoridades de emergência. Em Panama City, madeira compensada e metal foram arrancados da fachada de um hotel. Uma parte do toldo caiu e quebrou a porta de vidro do local, e o resto da estrutura caiu sobre veículos estacionados abaixo.
Analisando a pressão barométrica interna, o Michael foi o terceiro mais poderoso furacão registrado nos EUA, atrás apenas da tempestade do Dia do Trabalho de 1935 e o furacão Camille, de 1969. E a tempestade deve suscitar ainda mais o debate sobre o aquecimento global.
Cientistas afirmam que o fenômeno é responsável por condições meteorológicas extremas mais intensas e frequentes, como tempestades, secas, enchentes e incêndios, e o Michael foi alimentado por temperaturas anormais da água no Golfo do México - de 4 a 5 graus acima da temperatura normal para este período do ano.