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Suposto nazista Johann Breyer morre nos EUA aos 89 anos

Sua morte aconteceu pouco antes de um juiz ter autorizado sua extradição à Alemanha para ser julgado

24 jul 2014 - 05h12
(atualizado às 05h17)
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Breyer é suspeito de ter trabalhado como guarda no campo de concentração de Auschwitz
Breyer é suspeito de ter trabalhado como guarda no campo de concentração de Auschwitz
Foto: Arquivo / AP

Johann Breyer, suspeito de ter trabalhado como guarda no campo de concentração de Auschwitz durante o Nazismo, morreu na terça-feira em um hospital da Filadélfia, horas antes de um juiz autorizar sua extradição à Alemanha, informou seu advogado para a imprensa local nesta quarta-feira.

Sua morte aconteceu pouco antes de um juiz, que não sabia que ele tinha falecido, ter autorizado sua extradição à Alemanha para ser julgado por supostamente ter participado do extermínio de mais de 200 mil judeus em Auschwitz, no sul do atual território da Polônia.

Breyer, um operário especializado na fabricação de ferramentas, foi detido em junho em sua residência na Filadélfia. Seu advogado pediu sua libertação em uma audiência no dia 18 de junho, devido a sua saúde debilitada e a sinais incipientes de demência. O pedido foi negado por um juiz devido à "grave natureza dos crimes que cometeu".

No sábado, Breyer foi internado no hospital Thomas Jefferson da Filadélfia por problemas de saúde não especificados.

O suposto nazista admitiu ter trabalhado como guarda em Auschwitz, mas garantiu que seus trabalhos se limitavam à área externa do campo de extermínio e que não participou de nenhum crime, nem tinha conhecimento do genocídio.

Breyer se mudou para os Estados Unidos em 1952 e as autoridades tentaram revogar sua a nacionalidade americana e deportá-lo nos anos 1990, depois que foi descoberto seu vínculo com o nazismo.

Essas tentativas fracassaram depois que um juiz apontou que Breyer era filho de uma cidadã americana e opinou que ele foi forçado a se juntar às forças nazistas alemãs, a famigerada SS.

Seu caso foi reaberto depois que o juiz federal alemão a cargo dos crimes de guerra durante o nazismo apresentou provas de que Breyer tinha chegado a Auschwitz antes do que ele tinha afirmado.

Os promotores alemães queriam julgá-lo por 158 acusações de ajuda e instigação ao assassinato, uma para cada um dos 158 trens carregados com judeus que morreram nas câmaras de gás de Auschwitz em 1944.

Breyer se mudou para a Filadélfia depois da Segunda Guerra Mundial e viveu uma vida tranquila com sua mulher, filhos e netos até que, nos anos 1990, os EUA tentaram revogar sua cidadania, obtida através de sua mãe, uma americana que emigrou para a Europa.

EFE   
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