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Suspeito de ataque em NY seguiu planos do Estado Islâmico

1 nov 2017 - 16h57
(atualizado às 18h05)
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Um imigrante uzbeque suspeito de ter matado oito pessoas na cidade de Nova York seguiu planos delineados pelo grupo militante Estado Islâmico e planejados com semanas de antecedência, disseram investigadores dos Estados Unidos nesta quarta-feira.

Sayfullo Saipov
Sayfullo Saipov
Foto: BBCBrasil.com

A polícia afirmou ter interrogado Sayfullo Saipov, de 29 anos, que foi baleado e preso por policiais momentos depois do atentado em Manhattan na terça-feira, quando o agressor invadiu uma ciclovia com uma caminhonete alugada.

"Parece que o senhor Saipov vinha planejando isto há várias semanas", disse o vice-comissário de polícia de Nova York, John Miller, em uma coletiva de imprensa.

"Ele fez isso em nome do Isis (Estado Islâmico), e juntamente com outros itens recuperados no local havia anotação que indica isso", disse Miller. "A essência da nota era que o Estado Islâmico durará para sempre."

"Ele parece ter seguido quase exatamente as instruções que o Isis colocou em seus canais de redes sociais para seus seguidores", completou.

Investigadores analisam caminhonete de ataque em Nova York
 1/11/2017    REUTERS/Brendan McDermid
Investigadores analisam caminhonete de ataque em Nova York 1/11/2017 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

O ataque foi o mais mortífero realizado na cidade de Nova York desde o 11 de setembro de 2001, quando suicidas sequestraram dois aviões de passageiros e os lançaram contra o World Trade Center, matando mais de 2.600 pessoas.

Outras 12 pessoas ficaram feridas, algumas gravemente, no ataque de terça-feira.

Imagens mostram tentativa de fuga e prisão de suspeito de ataque em NY:

Atentados semelhantes em que se usaram veículos como armas aconteceram na Espanha em agosto e na França e na Alemanha no ano passado.

O suspeito supostamente desviou a caminhonete para uma ciclovia repleta de ciclistas e pedestres, derrubando as pessoas em seu caminho antes de atingir a lateral de um ônibus escolar.

Depois ele saiu do veículo brandindo o que acabou se revelando uma arma de paint-ball e outra de ar comprimido e foi confrontado por um policial que o baleou no abdômen.

Saipov passou por uma cirurgia devido aos ferimentos de bala no Hospital Bellevue, onde foi interrogado pela polícia, informou Miller.

Acredita-se que Saipov morava em Paterson, Nova Jersey, um ex-polo industrial localizado cerca de 40 quilômetros a noroeste de Manhattan. Ele alugou o veículo em uma loja de equipamentos da rede Home Depot localizada em Passaic, ao sul de Paterson.

AMIGOS ARGENTINOS MORREM

O senador Lindsey Graham exortou as autoridades a tratarem Saipov como um combatente inimigo, uma medida que permitiria aos investigadores interrogá-lo sem a presença de um advogado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estará aberto a transferir Saipov para a prisão militar em Guantánamo, Cuba, onde outros suspeitos, inclusive supostos conspiradores do 11 de setembro, estão detidos.

"Eu certamente vou considerar isso", disse Trump a repórteres. "Nós também temos que chegar a uma punição que seja muito mais rápida e muito maior do que a punição que esses animais estão recebendo agora."

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que Saipov foi radicalizado depois que se mudou para os EUA.

Seis vítimas foram declaradas mortas no local do ataque e duas outras em um hospital próximo, relatou o comissário de polícia James O'Neill.

Cinco delas eram turistas da Argentina que faziam parte de um grupo de amigos que comemorava o 30º aniversário de sua formatura de segundo grau, disse o governo argentino.

O prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, disse que a polícia estará em peso nas ruas para proteger a maratona da cidade, que ocorre no domingo e atrai cerca de 51 mil corredores de todo o mundo.

O presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, afirmou que seu governo fará tudo que puder para ajudar a investigar o ataque "extremamente brutal".

Autoridades dos EUA classificam ataque em NY como terrorismo:
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