A polícia da Califórnia identificou, neste domingo, algumas das vítimas do tiroteio que ocorrido na noite da última sexta-feira, em Santa Barbara. O autor dos disparos foi o estudante universitário Elliot Rodger, 22 anos, filho do cineasta Peter Rodger, que trabalha atualmente como o diretor-assistente da série "Jogos Vorazes". Além de matar a si mesmo, Rodger tirou a vida de mais seis pessoas e feriu outras 13. As informações são do Daily Mail.
As estudantes Veronika Weiss, 19 anos, e Katie Cooper, 22 anos, ambas do Grêmio universitário, foram atingidas enquanto caminhavam pelas ruas próximas à cidade universitária na Universidade da Califórnia, onde aconteceu o ataque.
Segundo parentes das vítimas, Katie era formada em História da arte e estava estudando Arqueologia. Já Veronika era membro da equipe de pólo aquático do Colégio Westlake e estudava para entrar na faculdade.
Outra vítima do tiroteio próximo à universidade foi o jovem de 20 anos, Christopher Martinez, estudante do segundo ano na universidade. O curso que Martinez fazia não foi revelado.
Elliot Rodger esfaqueou três pessoas até a morte, em seu apartamento, depois saiu de carro e atirou em outras três vítimas, próximo ao campus. Poucos dias antes do massacre, Rodger publicou um vídeo ameaçador contra mulheres no Youtube.
Na gravação, aparece um jovem que se filma no carro e fala por sete minutos sobre sua solidão e seu ódio do mundo. Ele também se revolta contra as mulheres que o rejeitaram e ignoraram-no nos últimos anos e promete: "vou castigar todas vocês por isso".
"Vou massacrar cada vagabunda loira, mimada e metida que via lá dentro, e todas essas garotas que eu tanto desejei e que me rejeitaram e me olharam com desprezo, como se eu fosse um homem inferior", declara o jovem, no vídeo.
Os tiroteios são um fenômeno recorrente nos Estados Unidos. Os mais graves dos últimos anos foram os da escola de Columbine (Colorado, 13 mortos, 1999), campus de Virginia Tech (32 mortos, 2007), escola Sandy Hook, em Newtown (Connecticut, 26 mortos, incluindo 20 crianças, 2012), cinema perto de Denver (12 mortos, 2012) e o prédio da Marinha americana, em Washington (13 mortos).
O FBI registrou 170 tiroteios com pelo menos quatro vítimas fatais desde 2006.
Escola regional de Franklin (2014) - Alex Hribal é o principal suspeito de ter atacado e ferido a facadas outros 21 alunos e um segurança da escola regional de Franklin, na região de Murrysville, na Pensilvânia, EUA.
Foto: AP
Realengo (2011) - O ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona Oeste do Rio de Janeiro e deixou doze alunos mortos. Outros vinte alunos ficaram feridos. Baleado, o criminoso cometeu suicídio.
Foto: Reuters
Albertville (2009) - Tim Kretschmer invadiu a escola secundária Albertville, no sul da Alemanha, e matou 15 pessoas. Vestido de preto e com a arma do pai, o jovem atingiu nove alunos, três professores e outros três funcionários. Depois, cometeu suicídio fora da escola. As intenções do adolescente tinham sido divulgadas em uma sala de bate-papo na internet menos de sete horas antes do atentado
Foto: AP
Universidade de Illinois (2007) - Nos EUA, seis pessoas morreram em um tiroteio. Entre as vítimas estava o próprio atirador, identificado como Steven Kazmierczak, um estudante premiado. Em foto, líderes de torcida fazem silêncio em memória às vítimas.
Foto: AP
Colégio Jokela (2007) - Pekka-Eric Auvinen matou oito pessoas e atirou contra si mesmo na Finlândia. Horas antes, um vídeo que mostrava a foto de uma escola, que parecia ser a Jokela, foi publicado no Youtube. A foto se fragmentava e mostrava a imagem de um homem apontando uma arma para a câmera.
Foto: Youtube / Reprodução
Universidade Virginia Tech (2007) - Estudante sul-coreano Cho Seung-Hui matou duas pessoas no alojamento do campus da Virginia Tech e outras 30, no prédio da faculdade de engenharia da instituição, antes de cometer suicídio. O atirador deixou ainda 28 feridos. Em foto, estudantes acendem velas no campus em homenagem às vítimas do crime.
Foto: AFP
Escola amish (2006) - Cinco meninas foram mortas no dia 2 de outubro de 2006 por um caminhoneiro que invadiu uma escola rural na comunidade amish da Pensilvânia (EUA). Charles Roberts enfileirou as vítimas diante do quadro negro e abriu fogo contra todas, uma a uma. Depois cometeu suicídio.
Foto: AP
Red Lake, Minnesota (2005) - Jeffreu Weise invadiu uma escola em Red Lake, EUA, e matou quatro estudantes, uma professora e um segurança. O atirador ainda matou os avós e se suicidou. A escola ficava dentro de uma reserva indígena, na fronteira com o Canadá.
Foto: AP
Massacre de Beslan (2004) - Escola de Beslan sofreu um atentado terrorista, que teve início no dia 1º de setembro de 2004. Um grupo de separatistas chechenos armados invadiu a escola, na Ossétia do Norte, república autônoma que integra a Federação Russa. Morrem 334 pessoas, após serem feitas de refém.
Foto: AP
Instituto Johann Gutenberg (2002) - Robert Steinhaeuser matou 17 pessoas e se matou no Instituto Johann Gutenberg, em Erfurt, no leste da Alemanha. As vítimas do ataque foram 13 professores, uma secretária, duas alunas e um policial.
Foto: AP
Columbine (1999) - Instituto Columbine, EUA, foi palco de um massacre que deixou 15 mortos. Eric Harris e Dylan Klebold mataram 12 estudantes e um professor antes de cometer suicídio.
Foto: AP
Escola Primária de Dunblane (1996) - Ex-líder escoteiro Thomas Hamilton invadiu o ginásio da escola, na cidade escocesa Dunblane e disparou uma série de tiros. Uma professora, de 45 anos, que dava aulas ao jardim de infância, morreu, além de 16 crianças. O atirador cometeu suicídio, após o ataque
Foto: AP
Escola Politécnica de Montreal (1989) - Estudante de Marc Lepine invadiu uma classe da faculdade de engenharia da Universidade de Montreal e causou o pior massacre escolar da história do Canadá. Armado, separou os estudantes por sexo, gritou que odiava feministas e matou 14 mulheres. Depois, o assassino cometeu suicídio.
Foto: AP
Charles Whitman (1966) - Na década de 60, os Estados Unidos foram surpreendidos por um atirador que deixou 15 mortos em uma universidade. Charles Whitman abriu fogo do alto da torre no meio na Universidade do Texas. Antes do tiroteio, Whitman esfaqueou a mãe e a mulher. Ele só cessou fogo quando foi morto a tiros por dois policiais. Em foto, policial se posiciona no lugar de onde atirador disparou tiros.