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Trabalhadores dos EUA se manifestam para exigir salário de US$ 15 por hora

15 abr 2015 - 21h14
(atualizado às 21h14)
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Milhares de trabalhadores de redes de restaurantes de fast-food, empregadas domésticas e outros profissionais como professores e operários de transportes se mobilizaram nesta quarta-feira nas principais cidades dos Estados Unidos para reivindicar um salário mínimo de US$ 15 por hora.

Em Nova York, Miami, Boston, Chicago, Los Angeles e outras grandes cidades do país foram registradas interrupções e concentrações de protesto em favor de melhores salários, convocadas pelo movimento "Fight for 15" e coincidindo com o dia no qual termina o prazo para a apresentação da declaração de impostos.

Durante toda a jornada os empregados foram deixando testemunhos nas redes sociais com fotografias dos protestos em favor do aumento do salário mínimo, situado atualmente em US$ 7,25 a hora, embora algumas cidades tenham salários que se aproximem dos US$ 10 a hora.

O presidente da maior central sindical do país, AFL-CIO, Richard Trumka, assegurou em Washington que os protestos servirão para avançar na reivindicação do salário mínimo de US$ 15 por hora.

"As ações de hoje de dezenas de milhares de trabalhadores farão avançar significativamente a agenda para aumentar os salários e darão a cada trabalhador a oportunidade de alcançar o sonho americano", declarou Trumka em um comunicado para respaldar o protesto.

Os protestos começaram na primeira hora do dia em Chicago, onde empregados de restaurantes de fast-food se reuniram em frente a um McDonald's no sul da cidade com cartazes e uma estátua de 4,8 metros de altura chamada "Dignidade", que representava os manifestantes.

Outras manifestações envolveram estudantes e professores de meio período de universidades e colégios comunitários, guardas e funcionários de limpeza, entre outros.

Mary Kay Henry, presidente do Sindicato Internacional de Empregados de Serviço (SEIU), que apoia o movimento para aumentar o salário mínimo em nível nacional, disse que as exigências deixaram de ser um tema dos empregados de restaurantes e cresceram porque "as pessoas lutam por uma vida decente".

Em Nova York, o protesto reuniu também professores, trabalhadores de centros de cuidado infantil, do lar e de aeroportos em diversos atos que contaram com o apoio de políticos como a presidente do Conselho, Melissa Mark Viverito.

Levando cartazes com mensagens como "Trabalho em fast-food e estou em greve", "Somos seres humanos" e "Exploram as pessoas no mundo todo por ganhar dinheiro", os manifestantes percorreram as ruas de Nova York sob a vigilância da polícia.

O senador federal de Nova York, Charles Schumer, apoiou os trabalhadores através da página oficial da "Fightfor15" com mensagens lembrando que "cerca de dois terços dos lares neste país ganham agora menos que em 2002".

Em Miami, cerca de 300 pessoas convocadas pelo sindicato SEIU se mobilizaram para denunciar a exploração salarial, especialmente contra imigrantes ilegais que não podem defender seus direitos.

Em Los Angeles, várias centenas de trabalhadores marcharam também pelas ruas da cidade e porta-vozes dos trabalhadores denunciaram que as condições de baixos salários levaram a que muitos empregados de redes de fast-food e de grandes cadeias como Wal-Mart dependam de subsídios sociais para poder sobreviver.

O McDonald's, que se transformou em um dos principais alvos destas mobilizações, expressou em comunicado seu respeito pela mobilização laboral e lembrou que, da mesma forma que o Wal-Mart, anunciou recentemente que aumentará em US$ 1 o salário por hora de alguns de seus trabalhadores.

No entanto, o McDonald's ressaltou que 90% de seus restaurantes são franquias e, portanto, não podem impor aumentos salariais aos donos destas representações.

A Associação Internacional de Franquias respondeu também às mobilizações e considerou que os protestos são apenas uma campanha dos sindicatos para aumentar a afiliação e as cotas dos trabalhadores.

EFE   
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