Treinadora ficou 30 minutos na boca da orca, diz testemunha
O Departamento de Polícia de Orange County liberou nesta terça-feira o depoimento das testemunhas sobre a morte da treinadora do SeaWorld Dawn Brancheau pela orca Tilikum. De acordo com a rede americana Fox News, o relato de uma testemunha indicam que os funcionários demoraram cerca de 30 minutos para tirar a treinadora de dentro da boca da orca. Entretanto, uma outra testemunha afirmou que este procedimento demorou cerca de 10 minutos.
Dawn Brancheau, 40 anos, morreu no último dia 24 de fevereiro, dentro da boca da orca Tilikum em frente à plateia. O animal, que teve que ser levado a um tanque menor e elevado sobre uma plataforma fora da água para que a treinadora pudesse ser retirada. Segundo o instituto médico de Orange County, Dawn morreu por traumatismos múltiplos e afogamento.
Ainda segundo as testemunhas, após o ataque, a orca teria conseguido escapar das redes plásticas dos demais treinadores. Após ser finalmente presa, a baleia teria se recusado a abrir os seus dentes e deixar Dawn Brancheau sair. Suas mandíbulas acabaram sendo abertas à força.
Os novos relatórios da polícia buscam descrever a rapidez com que os demais funcionários reagiram após o ataque à treinadora. Jan Topoleski, cujo trabalho é monitorar a segurança dos instrutores durante shows, disse aos investigadores que viu Brancheau deitada cara-a-cara com a baleia antes do ataque. Ele disse que a baleia puxou a treinadora pelos cabelos para a piscina em uma questão de dois segundos. Imediatamente, ele fez soar o alarme e pegou o equipamento de segurança.
A turista holandesa Susanne De Wit, 33 anos, afirmou aos policiais que o seu grupo tinha apenas caminhado até uma janela para uma foto quando aconteceu o ataque. "De repente eu vi (a baleia) agarrando a treinadora e puxando-a para baixo na água", disse. "Foi assustador. Ele era muito selvagem, com a treinadora ainda na boca da baleia, a cauda da baleia era muito selvagem na água".
Tanner Grogan, diz que se esforçou para ajudar outros empregados a levar a baleia até o curral. Segundo ele, por alguns segundos, a baleia quase libertou a treinadora, mas a agarrou novamente pelos pés antes que alguém conseguisse reagir.