Trump concede perdão a acusados por ataque ao Capitólio; condenados deixam prisão
Ex-líder de milícia e outros envolvidos na invasão de 2021 começam a ser liberados após medida de Trump
Stewart Rhodes, ex-líder da milícia Oath Keepers e apontado como um dos organizadores do ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 2021, foi libertado da prisão na madrugada desta terça-feira, 21. A decisão veio após o presidente Donald Trump conceder perdão a 1.500 pessoas condenadas ou investigadas pelo episódio.
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Rhodes, que cumpria uma pena de 18 anos por conspirar contra o Congresso e manter um arsenal de armas na Virgínia, deixou o presídio federal em Cumberland, Maryland. Em nota divulgada pela Associated Press, seu advogado, James Lee Bright, agradeceu ao presidente e classificou a ação como “vital para a justiça”.
Outros líderes de grupos de extrema direita também foram libertados. Entre eles estão membros dos Proud Boys, incluindo Enrique Tarrio, que havia recebido uma condenação de 22 anos. O advogado de Tarrio, Nayib Hassan, celebrou o perdão como um “momento de renovação” para a nação.
Dois irmãos também ganharam liberdade antes do previsto. Andrew e Matthew Valentin, sentenciados na semana passada a dois anos e meio de prisão, deixaram o DC Central Detention Facility na noite de segunda-feira, 20:
BREAKING: First January 6th political prisoners to be released after President Trump’s pardon: brothers Matthew and Andrew Valentin. They were released minutes ago from the DC Jail.
A HISTORIC DAY IN AMERICA! 🇺🇸 pic.twitter.com/7INfhxLqGr
— Paul Ingrassia (@PaulIngrassia) January 21, 2025
A decisão de Trump foi amplamente criticada por líderes democratas, que a classificaram como um ataque ao sistema judicial. A ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que o perdão “insulta” os oficiais que protegeram o Capitólio, enquanto o senador Chuck Schumer afirmou que a medida inaugura “um perigoso precedente para o país”.
Os democratas também destacaram que muitos dos perdoados foram filmados cometendo atos violentos durante a invasão. Apesar disso, Trump defendeu os acusados, chamando-os de “reféns políticos” e dizendo que eles “não cometeram erros”. Além dos perdões, o presidente orientou a Procuradoria-Geral a arquivar processos em andamento relacionados ao ataque.
O ataque ao Capitólio e a volta de Trump
O ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021, foi um dos episódios mais marcantes da história recente dos Estados Unidos. Na ocasião, apoiadores de Trump invadiram o Congresso em uma tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.
Agora, em seu segundo mandato, Trump ressurge com medidas que reforçam sua base eleitoral, mas também geram divisão no país. O perdão coletivo é visto como um aceno a grupos extremistas que desempenharam um papel ativo em sua volta ao poder.
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