Trump deixará negócios para se dedicar só à presidência
Presidente eleito anuncia que vai se afastar completamente de seus negócios para evitar possíveis conflitos de interesse. Familiares deverão assumir o comando do seu império.O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (30/11) que vai se afastar completamente de seus negócios privados para evitar conflitos de interesse, transferindo a administração a membros de sua família.
Numa série de mensagens no Twitter, Trump comunicou que dará mais detalhes sobre o afastamento durante uma entrevista à imprensa, marcada para 15 de dezembro em Nova York e que será realizada ao lado de seus filhos. O presidente eleito acrescentou que esclarecerá na entrevista que deixará totalmente seus negócios para se dedicar "exclusivamente a comandar o país e tornar os EUA grandes de novo", repetindo o lema de sua campanha.
Trump mencionou ainda que as leis não o obrigam a deixar seus negócios, como ocorre com outros funcionários do alto escalão do governo, mas argumentou que sua decisão é importante para evitar conflitos de interesses. "Estão sendo elaborados documentos legais que me afastarão completamente das operações dos meus negócios. A presidência é uma tarefa mais importante!", concluiu o magnata.
A possibilidade de que Trump continuasse vinculado aos seus negócios durante a presidência, que começará em 20 de janeiro, foi um dos temas mais abordados pela imprensa americana nas últimas semanas. Existem preocupações de que possa haver conflitos de interesses, e isso se estende a seus familiares caso algum deles venha a ocupar alguma posição no futuro governo. Três dos quatro filhos adultos de Trump, Eric, Ivanka e Donald Jr., assim como o seu genro, Jared Kushner, integram a equipe de transição presidencial.
Trump também indicou mais dois nomes para o seu governo: o ex-executivo do banco Goldman Sachs Steven Mnuchin para o cargo de secretário do Tesouro e o empresário Wilbur Ross para o Departamento do Comércio. Mnuchin, que anunciou as duas escolhas, foi diretor financeiro da campanha de Trump e tem ligações com os estúdios de Hollywood.
PV/efe/ap