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Trump diz que declarações sobre o México foram "distorcidas"

Magnata garantiu que, quando se referiu ao México, estava falando do governo do país latino-americano, não os mexicanos

6 jul 2015 - 20h26
(atualizado às 20h52)
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Donald Trump lançou sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo partido republicano
Donald Trump lançou sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos pelo partido republicano
Foto: Getty Images

O magnata e pré-candidato republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu nesta segunda-feira um comunicado no qual afirma que suas declarações contra o México foram "distorcidas pela imprensa" e que sua intensão era criticar o governo do país, não os mexicanos.

Trump, em um texto de três páginas, voltou a acusar o México de "enviar gente (aos EUA) com um montão de problemas. Estão trazendo drogas, crime, estupradores. Assumo que alguns deles são bons" e garantiu que, quando se referiu ao México, estava falando do governo do país latino-americano.

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"Há algo mais simples e mais preciso do que isso? O governo mexicano está forçando as pessoas que não quer lá para os Estados Unidos. Eles são, em muitos casos, criminosos, traficantes de drogas, estupradores, etc. Isto ficou evidente nesta semana quando, por exemplo, uma mulher jovem em San Francisco foi assassinada por um mexicano que já foi deportado cinco vezes e possui uma longa ficha criminal", argumentou o magnata.

"Os maiores fornecedores de heroína, cocaína e outras drogas ilegais são cartéis mexicanos que as enviam através de imigrantes mexicanos que tentam atravessar a fronteira", disse Trump.

"Tenho grande respeito pelo México e adoro sua gente e seu senso do humor estupendo. No entanto, o problema é que seus líderes são mais preparados que os nossos, mais astutos e melhores negociadores que os nossos", acrescentou o pré-candidato.

Trump também aproveitou para falar sobre o "muro" que disse que construiria na fronteira para evitar o fluxo migratório. Sobre isso, o magnata argumentou que queria dizer que o governo do México "não apenas está nos matando na fronteira, está nos matando no comércio e está fazendo bilhões de dólares com isso".

"Os temas que apontei e continuarei apontando são passos vitais para fazer os Estados Unidos grandes de novo (seu lema de campanha: "Make America Great Again"). Além disso, eu serei o melhor presidente que Deus já criou em matéria de trabalho. Vamos começar a trabalhar", concluiu em seu comunicado.

Trump apresentou oficialmente sua candidatura no dia 16 de junho com um discurso que incluiu as polêmicas declarações que provocaram as reações de empresas e personalidades, mas que lhe renderam um crescimento nas pesquisas de intenção de voto no partido republicano.

Tanto a NBC, emissora que exibe os concursos Miss Universo e Miss Estados Unidos organizados pelo magnata, como a loja de departamento Macy's, que vende gravatas com a sua assinatura, romperam relações comerciais com o magnata.

Além disso, personalidades como Roselyn Sánchez, America Ferrera, Paulina Vega e o adversário de Trump nas primárias do partido, Jeb Bush, mostraram sua rejeição aos comentários xenofóbicos, enquanto México, Panamá e Costa Rica anunciaram que não vão participar do concurso de beleza.

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EFE   
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