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Trump suspende plano de mudar embaixada dos EUA em Israel

1 jun 2017 - 13h26
(atualizado às 13h35)
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Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu nesta quinta-feira manter a embaixada de seu país em Israel em Tel-Aviv ao invés de transferi-la para Jerusalém, como havia prometido em sua campanha eleitoral.

"Ninguém deveria considerar este passo de nenhuma forma como uma retirada do forte apoio do presidente a Israel (...). Como reiterou diversas vezes sobre a transferência da embaixada, a questão não é se este movimento acontecerá, mas quando", afirmou a Casa Branca em comunicado.

Trump assinou hoje a prorrogação por mais seis meses da lei que determina que Tel Aviv continue sendo a sede da missão diplomática americana em Israel e, desta maneira, manteve a linha de seus antecessores no cargo.

"O presidente tomou esta decisão para maximizar as oportunidades de negociar com sucesso um acordo entre Israel e Palestina", acrescentou a presidência na nota.

A Lei da Embaixada de Jerusalém de 1995, ratificada pelo Congresso, decreta a transferência da embaixada, mas inclui uma emenda pela qual o presidente não precisa cumpri-la por seis meses prorrogáveis, em função "dos interesses nacionais" dos EUA, algo ao qual recorreram os antecessores de Trump: Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama.

Trump realizou na semana passada sua primeira visita a Israel e aos Territórios Palestinos, onde garantiu que existe uma "oportunidade excepcional" para alcançar a paz entre israelenses e palestinos.

O governante também se comprometeu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional da Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, a apoiar o restabelecimento das negociações.

Nesse mesmo sentido se manifestou durante a viagem o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, que afirmou que o presidente "está sendo muito cuidadoso para entender como tal decisão (a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém) teria impactos no processo de paz".

Os EUA não reconhecem Jerusalém como a capital de Israel, assim como boa parte da comunidade internacional.

A parte oriental da cidade, reivindicada pelos palestinos como a sua capital, foi ocupada por Israel em 1967 e anexada nos anos 1980.

Por isso, assim como muitos países, os Estados Unidos mantêm sua embaixada em Tel Aviv.

EFE   
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