‘Única falha em dois meses, e acabou não sendo séria’, diz Trump sobre vazamento de planos de guerra
Jornalista foi incluído acidentalmente em um grupo de autoridades de segurança nacional dos Estados Unidos, que planejavam um ataque militar
Um jornalista foi acidentalmente adicionado em um grupo de aplicativo de mensagens criptografadas de autoridades de segurança nacional dos Estados Unidos, que planejavam um ataque militar ao Iêmen. Nessa terça-feira, 25, o presidente Donald Trump defendeu os agentes do governo, dizendo que o vazamento foi “a única falha em dois meses, e acabou não sendo séria”.
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A declaração foi dada em entrevista à NBC News. Ainda segundo o republicano, a presença do jornalista Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista The Atlantic, no grupo não teve “nenhum impacto” na operação militar.
O jornalista acabou entrando no grupo após Michael Waltz, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, ter enviado uma solicitação por engano para que ele entrasse no aplicativo. “Era uma das pessoas de Michael no telefone. Um funcionário tinha o número dele lá”, explicou Trump ao veículo.
O presidente seguiu defendendo seu conselheiro de Segurança: “Michael Waltz aprendeu a lição e ele é um bom homem".
O que foi dito no grupo
O editor-chefe da The Atlantic, Jeffrey Goldberg, divulgou nesta segunda-feira, 24, que ele foi inadvertidamente convidado no último dia 13 para o grupo chamado "Houthi PC small group", no aplicativo de mensagens Signal.
No grupo, o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz encarregou seu vice Alex Wong de criar uma "equipe tigre" para coordenar a ação dos EUA contra rebeldes Houthis, do Iêmen.
Foi lançada uma campanha militar contínua em larga escala pelo governo Trump contra os houthis do Iêmen em 15 de março, dois dias após a entrada do jornalista no bate-papo, devido aos ataques do grupo contra navios no Mar Vermelho, e advertiu o Irã, o principal apoiador dos houthis, que precisava interromper imediatamente o apoio ao grupo.
Horas antes do início desses ataques, Hegseth publicou detalhes operacionais sobre o plano no grupo, "incluindo informações sobre alvos, armas que os EUA estariam empregando e a sequência do ataque", disse Goldberg. O jornalista não revelou os detalhes das mensagens, que ele chamou de uso "chocantemente imprudente" do bate-papo Signal para coordenar o ataque. (*Com informações da Reuters)