Vazamento expõe grupo de segurança de Trump celebrando ataque ao Iêmen com emojis
Jornalista foi adicionado a grupo secreto da administração Trump, onde funcionários discutiam e celebraram ataques ao Iêmen
Mensagens vazadas de altos funcionários da administração Trump mostraram emojis celebrando um ataque aéreo contra Houthis no Iêmen, levantando indignação pública e suspeitas de violação de segurança nacional.
Um vazamento de mensagens de um grupo de altos funcionários da administração Trump revelou o uso de emojis para comentar um ataque aéreo contra alvos Houthis no Iêmen. A exposição da conversa gerou indignação pública e acusações de que os integrantes do governo trataram o episódio com descaso.
A revelação foi feita por Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista The Atlantic, que, segundo ele, foi adicionado por engano ao grupo de mensagens chamado "Houthi PC small group" pelo assessor de segurança nacional Michael Waltz. O grupo incluía outros nomes de peso da administração, como o vice-presidente JD Vance, o secretário de Defesa Pete Hegseth, o secretário de Estado Marco Rubio, a diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard e a chefe de gabinete de Trump, Susie Wiles.
Segundo Goldberg, Hegseth compartilhou detalhes do plano de ataque no dia 15 de março, às 11h44, duas horas antes do início dos bombardeios no Iêmen. Quando as notícias da ofensiva começaram a circular, ele voltou ao grupo e encontrou uma enxurrada de emojis e mensagens celebrando a operação.
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Waltz enviou uma mensagem elogiando a ação militar como um "trabalho incrível" e, logo depois, publicou três emojis: um soquinho, uma bandeira dos Estados Unidos e foguinho.
O vazamento da conversa provocou forte reação de políticos e da opinião pública. Usuários no X criticaram a atitude dos funcionários. "Detalhes confidenciais vazados enquanto autoridades comemoravam com emojis de punho fechado", escreveu um internauta. "A administração menos séria de todas", comentou outra. "Imbecis, cada um deles", acrescentou mais um.
Segurança nacional
O caso levantou preocupações sobre possíveis violações de segurança nacional. Nesta terça-feira, 25, o Senado dos EUA iniciou uma audiência pública para ouvir o diretor da CIA e a chefe do Serviço de Inteligência sobre o uso do Signal para discutir informações sigilosas. Parlamentares investigam se houve infração ao Ato de Espionagem dos EUA, que criminaliza a remoção de informações confidenciais de seus locais apropriados de custódia.