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Veja as fotos que fizeram Donald Trump acusar a imprensa de ser "desonesta"

22 jan 2017 - 21h47
(atualizado em 23/1/2017 às 07h36)
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A posse de Donald Trump (à esquerda) e a de Barack Obama em 2009. A imagem foi registrada no famoso obelisco que está no centro de Washington no momento em que ambos os presidentes faziam o juramento para assumir o cargo.
A posse de Donald Trump (à esquerda) e a de Barack Obama em 2009. A imagem foi registrada no famoso obelisco que está no centro de Washington no momento em que ambos os presidentes faziam o juramento para assumir o cargo.
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no sábado que os jornalistas "estavam entre os seres humanos mais desonestos".

A disputa do novo presidente americano com a imprensa foi causada pela publicação de imagens que mostravam a quantidade de pessoas que assistiram sua cerimônia de posse na sexta-feira passada.

Durante visita à CIA (agência de inteligência americana) Trump criticou especificamente a publicação de duas fotografias que davam uma ideia de contraste entre a quantidade de público na sua cerimônia de posse e na do ex-presidente Barack Obama em 2009. A comparação dava ideia de que o público de Obama foi mais numeroso.

"Os jornalistas e os meios estão entre os seres humanos mais desonestos do planeta. Ao menos um milhão e meio de pessoas vieram para a minha posse", afirmou.

O governo não deu detalhes de como obteve esse dado. A contagem de público no National Mall deixou de ser feita pela Administração Nacional de Parques em 1995.

Depois das declarações de Trump, seu porta-voz, Sean Spicer, divulgou outras fotografias da cerimônia e disse que a posse de Trump foi "a que teve a maior quantidade de público nos juramentos presidenciais".

O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que os meios de comunicação teriam manchado o entusiasmo das pessoas pela posse.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que os meios de comunicação teriam manchado o entusiasmo das pessoas pela posse.
Foto: Reuters

"Os meios estão interpretando de forma incorreta as imagens e utilizando dados pouco claros para minimizar o enorme apoio que o presidente recebeu no dia de sua posse", disse ele.

No mesmo fim de semana, milhares de pessoas participaram de protestos contra Trump nos Estados Unidos e em diversos países. Estima-se que cerca de três milhões de pessoas se mobilizaram.

Milhares de pessoas protestaram contra Trump e pelos direitos da mulheres em diversas cidades dos Estados Unidos e do mundo.
Milhares de pessoas protestaram contra Trump e pelos direitos da mulheres em diversas cidades dos Estados Unidos e do mundo.
Foto: Getty Images

Spicer disse que, durante a posse, só no National Mall estavam 750 mil pessoas.

Ele disse também que o número de pessoas que utilizaram o sistema de metrô para chegar ao Capitólio teria sido muito maior que no dia da posse de Barack Obama em 2013.

Porém, segundo os dados oficiais do metrô de Washington, em 20 de janeiro de 2013 foram utilizadas cerca de 782 mil passagens. O número de sexta-feira passada foi de aproximadamente 571 mil.

Para sustentar seus argumentos, Spicer disse também que coberturas plásticas instaladas no gramado teriam ressaltado áreas do National Mall onde havia poucas pessoas. Disse ainda que barreiras de segurança teriam desencorajado muitas pessoas a se aproximar da área.

Informação correta

O jornal americano New York Times publicou que as informações do porta-voz de Trump estavam incorretas. A rede de TV CNN disse que o secretário de imprensa atacou os meios de comunicação por reportar os fatos de forma "correta e precisa".

Embora a contagem de público não seja mais feita pela Administração Nacional de Parques, estimativas do distrito de Columbia dizem que cerca de 1,8 milhão de pessoas foram à posse de Obama em 2009 e cerca de um milhão em 2013.

Em 2001, a posse de George W. Bush atraiu 300 mil pessoas. Em 1993, Bill Clinton mobilizou cerca de 800 mil pessoas.

Sean Spicer

O presidente Trump criticou a imprensa durante visita à CIA.
O presidente Trump criticou a imprensa durante visita à CIA.
Foto: Pool / BBC News Brasil

A relação entre o secretário de imprensa e os jornalistas costuma ser antagônica, mas Sean Spicer tem demonstrado em seus primeiros dias no cargo que está em conflito aberto com a maioria dos grandes veículos de imprensa.

Essa parece ser a face da estratégia que o chefe de gabinete da Casa Branca , Reince Preibus, descreveu como a disposição de se opor de forma veemente e de forma diária, contra um suposto esforço de "deslegitimar" o presidente.

Spicer já foi porta-voz e estrategista do Comitê Nacional Republicano e é pós-graduado em Segurança Nacional e Estudos Estratégicos no Naval War College de Newport - onde ficou conhecido por ser muito competitivo.

Embora Spicer tenha dito que Trump fará entrevistas coletivas com a imprensa, ele afirmou também que quer utilizar a tecnologia para "conversar com o povo americano e não apenas limitar isso ao filtro da grande imprensa".

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