Venezuela é melhor opção para Snowden, diz deputado russo
A Venezuela seria a melhor opção para o ex-técnico da CIA Edward Snowden, afirmou neste sábado Alexei Pushkov, chefe do comitê de Relações Exteriores da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia.
"O asilo de Snowden na Venezuela seria a melhor das opções. Esse país tem uma relação tensa com os Estados Unidos. Pior não seria", disse Pushkov no Twitter. O deputado, que chamou Snowden de defensor dos direitos humanos no mês passado, acrescentou: "Não vai ficar vivendo em Sheremetievo (o aeroporto de Moscou)".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que visitou a Rússia pela primeira vez nesta semana, ofereceu ontem em Caracas "asilo humanitário" a Snowden, que é procurado pelos Estados Unidos por espionagem e se encontra na zona de trânsito do aeroporto de Moscou desde 23 de junho. Na última terça-feira em Moscou, Maduro pediu ao mundo proteção para Snowden e para todos aqueles "que se atrevem a dizer as verdades sobre as tentativas do império americano de controlar o mundo".
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também confirmou hoje que concederia asilo a Snowden, "se as circunstâncias permitirem", após confirmar ter recebido a correspondente solicitação.
Tanto a Venezuela como a Nicarágua mantêm estreitas relações com a Rússia e, de fato, são praticamente os únicos países que reconheceram a independência das regiões separatistas da Geórgia, Ossétia do Sul e Abkhazia.
O site Wikileaks informou ontem à noite que Snowden tinha solicitado asilo político a outros seis países, mas que estes não seriam revelados, "por enquanto, devido à interferência dos Estados Unidos". Segundo o Wikileaks, Snowden pediu asilo em 27 países - 15, segundo o Kremlin -, muitos dos quais ou rejeitaram tal solicitação, ou puseram como condição que o litigante estivesse em seus territórios.
Os últimos que negaram asilo a Snowden foram Itália e França, cujo ministro do Interior, Manuel Valls explicou que os EUA "são um país amigo" e "democrático" que têm "uma justiça independente" e com o qual a França tem acordos de cooperação judicial.
Moscou pediu ao ex-técnico da CIA que se decida se vai pedir ou não asilo político na Rússia. O presidente Vladimir Putin pediu como condição para que fique no país o fim de suas ações contra os EUA.
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