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Veredicto de caso Manning será anunciado nesta terça

29 jul 2013 - 15h16
(atualizado às 16h05)
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Bradley Manning é escoltado até a corte
Bradley Manning é escoltado até a corte
Foto: AP

O veredicto do soldado americano Bradley Manning, acusado de vazar milhares de documentos confidenciais ao WikiLeaks, vai ser divulgado amanhã à tarde pela juíza da corte marcial na base militar de Fort Meade, próxima à cidade de Baltimore, nos Estados Unidos

A coronel Denise Lind delibera sobre o caso desde sexta-feira, depois de concluídas as alegações finais da defesa e da acusação após sete semanas de audiência. A juíza deverá decidir se Manning é culpado de espionagem e ajuda ao inimigo, assim como de outras 20 acusações.

A acusação de "ajuda ao inimigo" pode ser punida com prisão perpétua. Manning, que admitiu ter vazado grandes quantidades de documentos confidenciais para o WikiLeaks, foi detido em 2010, quando ainda prestava serviço no Iraque, e passou mais de 1.100 dias em prisão preventiva antes do início do julgamento, em junho.

A responsabilidade de Lind, militar de 53 anos, é interpretar um caso que pode estabelecer os fundamentos sobre o que pode ser considerado "ajuda ao inimigo" ou se aproximar mais do governo americano na tentativa de perseguir judicialmente o WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange, apresentado no tribunal como um cúmplice.

A defesa alegou que a intenção de Manning era fazer o mundo conhecer as injustiças da guerra a partir da divulgação de dados dos conflitos do Afeganistão e Iraque e revelar a exploração que os Estados Unidos fazem do terceiro mundo quando decidiu vazar milhares de correspondências diplomáticas.

Lind também vai abrir a jurisprudência sobre se o vazamento de dados a uma organização como o Wikileaks, que publicou todo o conteúdo fornecido por Manning sem edição e acessível a qualquer um, é equivalente a dar essa informação a veículos de comunicação tradicionais como o New York Times ou o Washington Post, em que a acusação de "ajuda ao inimigo" não se sustentaria.

Manning aceitou se declarar culpado de metade das acusações que é acusado, os menos graves e com penas máximas de 20 anos, e a defesa tentou três vezes, sem sucesso, que fosse retirada a queixa de "ajuda ao inimigo".

EFE   
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