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Estudo: 90% dos assassinos de jornalistas estão livres

Novo relatório chama a atenção para o tema e destaca Brasil e Colômbia como países que vêm melhorando a impunidade em relação a esses crimes

28 out 2014 - 10h44
(atualizado às 10h57)
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<p>O jornalista John Cantlie foi sequestrado na Síria em 2012 pelo Estado Islâmico</p>
O jornalista John Cantlie foi sequestrado na Síria em 2012 pelo Estado Islâmico
Foto: Youtube/Times of Lebanon / Reprodução

Os governos ao redor do mundo não estão combatendo da forma esperada a impunidade relacionada aos homicídios brutais de jornalistas pelo mundo, sendo que 90% dos assassinos estão livres, de acordo com um relatório publicado pelo Comitê de Proteção ao Jornalista (CPJ). As informações são do The Guardian.

Segundo o estudo, pelo menos 370 jornalistas foram mortos nos últimos 10 anos, por causas diretamente relacionadas ao seu trabalho. A maioria dos profissionais cobriam corrupção, crimes, direitos humanos, política ou guerras. Porém, o que se vê são pouquíssimos casos resolvidos de forma justa.

<p>A jornalista afegã foi morta na própria casa a facadas</p>
A jornalista afegã foi morta na própria casa a facadas
Foto: Twitter

Elisabeth Witchel, autora que coordenou as consultas para o relatório e consultora do CPJ para uma campanha nacional contra a impunidade, disse que “os não julgamentos, casos de assassinato não resolvidos de jornalistas que buscam informar a sociedade e o mundo são uma das maiores ameaças à liberdade de imprensa hoje”, afirmou.

Para Witchel, é crucial que “governos e as Nações Unidas forneçam recursos e apoio político para romper o ciclo de impunidade no assassinato de jornalistas”.

O relatório olha de maneira especial para lugares onde há níveis recordes de violência e impunidade antimídia, tais como Iraque, Somália, Filipinas, México e Rússia, assim como países onde os jornalistas têm sido envolvidos em distúrbios de forma crescente, como a Síria.

O CPJ também destaca os países que estão começando a mostrar melhorias - como Colômbia e Brasil - e os desafios que continuam a enfrentar.

Com base em suas conclusões, o relatório fez uma série de recomendações, incluindo o pedido aos governos nacionais e líderes políticos para condenar pública e inequivocamente todos os atos de violência contra jornalistas.

Fonte: Terra
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