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Estudo diz que geleiras no Himalaia estão derretendo mais rápido neste século

19 jun 2019 - 20h37
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As geleiras do Himalaia estão derretendo duas vezes mais rápido desde o início deste século, ressaltando a ameaça que a crise climática representa ao fornecimento de água para centenas de milhões de pessoas na Ásia, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira. 

Monte Everest, no centro, no Himalaia
24/04/2010
REUTERS/Tim Chong
Monte Everest, no centro, no Himalaia 24/04/2010 REUTERS/Tim Chong
Foto: Reuters

Cientistas tentam há muito tempo precisar o quão rápido o aumento de temperaturas causadas pela queima de carvão, petróleo e gás está consumindo o gelo das paisagens da região, muitas vezes classificada como o terceiro polo da Terra. 

A nova análise, que considera 40 anos de observações de satélite da Índia, China, Nepal e Butão, mostra que as geleiras estão perdendo o equivalente a aproximadamente meio metro vertical de gelo por ano desde 2000. Isso representa o dobro da média entre os anos de 1975 e 2000. 

"Esse é o retrato mais claro do quão rápido as geleiras do Himalaia estão derretendo ao longo deste intervalo de tempo, e por quê", disse o principal autor do estudo, Joshua Maurer, um doutorando no Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, em nota. 

Embora o estudo, publicado pela Science Advances, não tente quantificar precisamente o volume do gelo derretido, Maurer disse que as geleiras podem ter perdido até um quarto de sua massa nos últimos 40 anos. 

O derretimento acelerado parece aumentar o volume dos rios durante as estações mais quentes, mas cientistas estão preocupados sobre o impacto a longo prazo na irrigação, geração de energia hidrelétrica e oferta de água potável para cerca de 800 milhões de pessoas no continente. 

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