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Etiópia e Eritreia restabelecem voos de passageiros

Avião levou famílias separadas por guerra de Adis Abeba a Asmara

18 jul 2018 - 19h18
(atualizado às 20h42)
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Pela primeira vez em 20 anos, um voo conectou as capitais da Etiópia e da Eritreia, países do Chifre da África que estavam em guerra desde 1998, mas que agora decidiram iniciar um percurso de paz.

Etíopes celebram fim de guerra com a Eritreia em Adis Abeba
Etíopes celebram fim de guerra com a Eritreia em Adis Abeba
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Um avião civil da Ethiopian Airlines proveniente de Adis Abeba aterrissou nesta quarta-feira (18) em Asmara, levando sobretudo famílias separadas pelo conflito. "Este dia marca um evento único na história da Etiópia e da Eritreia", afirmou o CEO da companhia aérea, Tewolde GebreMariam.

Dada a grande demanda, a Ethiopian fez partir dois voos com apenas 15 minutos de distância um do outro. Antes da guerra, Etiópia e Eritreia expulsaram dezenas de milhares de pessoas de seus territórios, criando uma separação de famílias.

Paz

O tratado que encerrou o conflito entre Adis Abeba e Asmara foi assinado em 9 de julho, na capital da Eritreia. Os dois países estavam em guerra desde 1998, pela posse da região de Badme. Em dezembro de 2000, após a morte de 70 mil a 100 mil pessoas no conflito, o presidente eritreu, Isaias Afewerki e o então primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, firmaram um acordo de paz na Argélia que nunca foi respeitado.

Em 2002, uma comissão apoiada pela ONU determinou que Badme ficasse com a Eritreia, mas a Etiópia não reconhecia a decisão e mantinha tropas na região. A situação mudou no início de junho, quando o reformista Abiy Ahmed, que assumira o cargo de primeiro-ministro da Etiópia dois meses antes, aceitou integralmente os termos do acordo e se comprometeu a tirar suas tropas de Badme.

Ahmed vem dando indícios de que pretende estabilizar seu país, afetado por graves dificuldades econômicas, por uma pesada dívida externa e pela escassez de investimentos estrangeiros. Outro sinal disso é a recente revogação do estado de emergência que estava em vigor desde fevereiro, por causa dos protestos que derrubaram o ex-premier Hailemariam Desalegn.

Ansa - Brasil
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