EUA apoiam plano de paz da Itália para guerra na Ucrânia
O governo americano declarou apoio ao plano de paz para colocar fim à guerra entre Rússia e Ucrânia apresentado pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
Em resposta a uma pergunta da ANSA durante coletiva nesta terça-feira (31), a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que não viu o plano de paz do governo italiano, mas está ciente dele e apoia todos os esforços para encerrar a guerra iniciada pela Rússia no território ucraniano desde 24 de fevereiro.
"Apoiamos todos os esforços feitos por qualquer pessoa para encontrar uma solução pacífica para o povo ucraniano que seja aceitável para eles. E a iniciativa italiana é uma daquelas que certamente gostaríamos de pôr fim à guerra e ao horrível ataque à Ucrânia", afirmou a diplomata norte-americana.
O projeto italiano foi apresentado em Nova York, no último dia 18 de maio, e prevê um percurso de quatro etapas, sob a supervisão de um "grupo internacional de facilitação": cessar-fogo, possível neutralidade da Ucrânia, questões territoriais (Crimeia e Donbass) e um novo pacto de segurança europeia.
A ideia é concluir o plano com um novo acordo multilateral sobre a paz e a segurança na Europa. No entanto, para o governo da Rússia, o projeto de paz proposto pela Itália é "tão descolado da realidade" que não pode ser levado a sério.
Hoje, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, enfatizou que o objetivo inicial do Kremlin "de conquistar o território ucraniano é um fracasso total", mas o governo de Joe Biden está, "particularmente, preocupado com os movimentos da Rússia para roubar a soberania da Ucrânia, especialmente na área de Kherson".
Crise alimentar -
Durante a entrevista, Thomas-Greenfield também comentou as acusações de Moscou de que atribuía às sanções ocidentais sua incapacidade de fornecer fertilizantes e grãos aos mercados internacionais, aumentando a insegurança alimentar global.
De acordo com a embaixadora americana na ONU, "a Rússia pode extrair o seu petróleo que está sujeito a sanções" e "deverá também poder obter o seu trigo, que não está sujeito a punições".