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EUA buscam reunir imigrantes mais novos enquanto prazo final se aproxima

11 jul 2018 - 21h07
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Um dia após dezenas de pais serem reunidos com crianças que haviam sido separadas na fronteira entre Estados Unidos e México por autoridades da imigração, o governo dos EUA enfrenta um prazo iminente para reunir outras 2 mil crianças com seus pais.

Mulher segura mão de criança à medida que famílias imigrantes são liberadas em McAllen, Texas 22/06/2018 REUTERS/Loren Elliott
Mulher segura mão de criança à medida que famílias imigrantes são liberadas em McAllen, Texas 22/06/2018 REUTERS/Loren Elliott
Foto: Reuters

O esforço para rastrear e reunir pais com crianças abaixo de cinco anos sugere que o cumprimento de prazo de 26 de julho para reunir as crianças mais velhas remanescentes pode ser repleto de problemas.

"Isto será um compromisso significativo", disse o juiz norte-americano Dana Sabraw na terça-feira sobre o próximo prazo.

Sabraw ordenou que o governo reunisse até terça-feira cerca de 60 das crianças mais novas que foram separadas como parte da política de "tolerância zero" do governo Trump sobre imigração ilegal.

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que apresentou o processo que levou à ordem judicial de Sabraw, informou nesta quarta-feira que não sabe se o governo havia cumprido o prazo para as crianças mais novas.

"Tentando descobrir", escreveu Lee Gelernt, advogado da ACLU, em e-mail.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos encaminhou números divulgados na terça-feira, quando o governo Trump disse que quatro crianças foram reunidas e que ao menos 34 outras seriam até o final do dia, cerca de metade do total neste grupo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, usou o Twitter nesta quarta-feira para culpar o Partido Democrata, entre outros, por não consertar questões de imigração. "Juízes comandam o sistema e ilegais e traficantes sabem como isto funciona. Eles estão somente usando crianças", disse.

Uma advogada de imigração disse à Reuters que ainda aguarda detalhes sobre quando duas crianças com menos de cinco anos serão devolvidas a seus pais. Um dos pais é de Honduras e outro de El Salvador.

"Nossos clientes ainda não foram reunidos", disse Beth Krause, uma advogada do Projeto Jovem Imigrante da Sociedade de Assistência Jurídica, em e-mail à Reuters. Segundo ela, o governo informou que uma seria reunida em algum momento nesta quarta-feira.

Se as crianças com menos de cinco anos não forem entregues para seus pais até quinta-feira, Sabraw pediu para a ACLU sugerir penalidades que pode impor contra o governo.

Também na quinta-feira, o governo irá atualizar Sabraw sobre o número de crianças que ainda devem ser reunidas e se o governo espera cumprir o prazo de 26 de julho.

O governo informou que cerca de 2.300 crianças foram separadas de seus pais na fronteira como parte da política do governo, que foi abandonada em junho após intensos protestos.

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