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EUA condenam Gâmbia por desaparecimentos e nova lei contra gays

6 dez 2014 - 17h23
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O Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou preocupação com os movimentos da Gâmbia de bloquear o acesso a investigadores de direitos humanos da Organização das Nações Unidas e de promulgar nova legislação contra a homossexualidade.

O ministro das Relações Exteriores da Gâmbia prometeu na semana passada romper o diálogo com a União Europeia após o bloco, um doador importante para o país do Oeste Africano, ter feito críticas semelhantes.

"Continuamos preocupados com relatos de desaparecimentos forçados e prisões arbitrárias, inclusive de jornalistas, defensores dos direitos humanos e funcionários públicos", disse a porta-voz do NSC Bernadette Meehan.

No comunicado, divulgado na quinta-feira e lido na rádio e televisão estatais da Gâmbia, o NSC também disse que estava decepcionado com o fracasso do governo gambiano em investigar o desaparecimento de dois cidadãos norte-americanos desaparecidos desde junho de 2013.

Durante uma visita à Gâmbia no mês passado, os investigadores da ONU para execuções ilegais e tortura ouviram alegações de execuções extrajudiciais de opositores ao governo, jornalistas e ativistas e do uso generalizado de tortura.

No entanto, eles disseram que foram impedidos de visitar partes da principal prisão em Banjul, apesar de terem recebido aprovação prévia.

O presidente Yahya Jammeh, um ex-oficial militar que tomou o poder em um golpe em 1994, assinou uma lei em outubro que introduziu o crime de "homossexualidade agravada", tornando-o passível de punição com prisão perpétua em alguns casos.

O NSC criticou a lei e disse que estava preocupado com chamadas de autoridades para a perseguição de membros da comunidade lésbica, gay, bissexual e transgênera.

(Por Pap Saine)

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