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EUA confirmam viagem de Biden para Israel e Arábia Saudita

Governo diz que assassinato de Kashoggi pode ser debatido

14 jun 2022 - 14h06
(atualizado às 14h33)
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A Casa Branca confirmou nesta terça-feira (14) a viagem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para Israel e Arábia Saudita entre os dias 13 e 16 de julho.

Biden se reunirá com príncipe saudita em Jidá
Biden se reunirá com príncipe saudita em Jidá
Foto: EPA / Ansa - Brasil

De acordo com a nota, a viagem é para "reforçar o compromisso de segurança e prosperidade com Israel" e para participar do encontro do Conselho de Cooperação do Golfo, ao lado ainda de Egito, Iraque e Jordânia.

"O presidente começará sua viagem por Israel, onde ele irá se encontrar com líderes israelenses para discutir a segurança, a prosperidade e aumentar a integração com essa grande região. O presidente ainda visitará a Cisjordânia para se reunir com a Autoridade Palestina e reiterar seu forte apoio à solução de dois-Estados, com medidas justas de segurança, liberdade e oportunidade para o povo palestino", acrescenta a nota.

No entanto, a parte mais polêmica da viagem será sua ida à Jidá, onde se reunirá com o príncipe saudita Mohammed bin Salman.

Mesmo citando que o país é um "parceiro estratégico dos Estados Unidos há cerca de oito décadas", as relações entre as duas nações ficaram estremecidas após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em outubro de 2018, na embaixada saudita em Istambul. O repórter era um ferrenho crítico da monarquia e publicava colunas também no jornal "The Washington Post".

Segundo a própria Inteligência norte-americana, o príncipe "deu autorização" para uma missão para "capturar ou matar" Khashoggi.

Em coletiva de imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, foi questionada se Biden iria falar sobre o tema com Bin Salman. "Não evitaremos nenhuma conduta sobre algo que aconteceu antes que o presidente tomasse posse", afirmou a representante.

Ainda conforme a nota oficial do governo, as discussões com os sauditas incluirão questões que envolvem os combustíveis, como petróleo, "o controle das ameaças vindas do Irã" e a crise mundial de alimentos. .

Ansa - Brasil
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