Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

EUA dão mais tempo para inquérito sobre jornalista saudita

Jamal Khashoggi mora nos EUA, é colunista do Washington Post e crítico do príncipe Mohammed bin Salman

18 out 2018 - 16h06
(atualizado às 16h36)
Compartilhar
Exibir comentários

Os Estados Unidos deram mais tempo nesta quinta-feira para a Arábia Saudita investigar o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi, mas o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, cancelou seus planos de comparecer a uma conferência de investimento em Riad, colocando o evento de grande destaque em xeque.

Em Istambul, investigadores turcos fizeram uma busca pela segunda vez no consulado saudita, onde Khashoggi - que mora nos EUA, é colunista do Washington Post e crítico do príncipe da coroa saudita, Mohammed bin Salman - desapareceu em 2 de outubro em busca de pistas sobre um incidente que causou uma revolta global.

Ativistas e amigos de jornalista saudita Jamal Khashoggi participam de protesto na  frente do consulado saudita em Istambul 8/10/2018 REUTERS/Murad Sezer
Ativistas e amigos de jornalista saudita Jamal Khashoggi participam de protesto na frente do consulado saudita em Istambul 8/10/2018 REUTERS/Murad Sezer
Foto: Reuters

Na Casa Branca, o presidente Donald Trump conversou durante menos de uma hora com seu secretário de Estado, Mike Pompeo, que o informou sobre suas conversas com autoridades sauditas e turcas sobre o caso Khashoggi. Autoridades da Turquia disseram acreditar que o jornalista saudita foi assassinado no consulado e que seu corpo foi retalhado e retirado do local.

Referindo-se aos sauditas, Pompeo contou ter dito a Trump que "devemos lhes dar mais alguns dias para completarem" sua investigação para entender plenamente o que aconteceu, "e nesta altura podemos tomar decisões sobre como - e se - os Estados Unidos deveriam responder ao incidente relativo ao senhor Khashoggi".

Ao colocar em dúvida se os EUA sequer reagirão, Pompeo refletiu a luta interna entre Trump e seus assessores de segurança nacional quanto ao que fazer se a liderança saudita for considerada culpada pelo que aconteceu com Khashoggi.

A Arábia Saudita negou envolvimento em seu desaparecimento.

Washington considera Riad um elemento central nos esforços para conter a influência regional do Irã e uma fonte de petróleo crucial, e Trump não se mostrou inclinado a punir os sauditas com severidade.

Em um tuíte, ele disse ter debatido o que chamou de "situação saudita" com Pompeo "de forma detalhada" depois das visitas do diplomata a Riad e Ancara.

"Acho que é importante para todos nós nos lembrarmos também (que) temos um relacionamento, desde 1932, um relacionamento estratégico antigo com o reino da Arábia Saudita", disse Pompeo aos repórteres depois de se reunir com Trump, também classificando o reino como "um parceiro importante no contraterrorismo".

Busca

Investigadores turcos deixaram o consulado saudita em Istambul na manhã desta quinta-feira depois de inspecionarem o edifício e veículos consulares, disse uma testemunha da Reuters. A busca, que usou um drone, incluiu o telhado e a garagem.

Quatro grupos de direitos humanos - Human Rights Watch, Anistia Internacional, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas e os Repórteres Sem Fronteiras - exortaram a Turquia a pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue o desaparecimento de Khashoggi.

Veja também:

Na sala onde Facebook tenta uma guerra contra as notícias falsas:
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade