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EUA e Europa prometem mais sanções e reação conjunta a Putin

Presidente russo reconheceu a independência de regiões separatistas da Ucrânia e enviou 'tropas de paz' aos territórios

21 fev 2022 - 21h05
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A declaração do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Rússia reconhecerá a independência das regiões separatistas da Ucrânia foi recebida com consternação e promessa de sanções pelos EUA e Europa. O Reino Unido anunciou estar coordenando uma resposta conjunta com a União Europeia. Londres deixou o bloco oficialmente em 2020.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o presidente Joe Biden emitirá uma ordem executiva proibindo americanos de realizarem investimentos, comércio e financiamento com pessoas nas duas regiões da Ucrânia. Washington, porém, não falou sobre penalidades diretas à Rússia. Segundo o New York Times, um pacote mais agressivo de sanções estaria reservado para o caso de Putin enviar forças armadas para a Ucrânia. Tem também a intenção de deixar em aberto uma pequena possibilidade de solução diplomática.

Biden e Macron pedem cautela após retirada de tropas russas
Biden e Macron pedem cautela após retirada de tropas russas
Foto: EyePress News

Segundo um comunicado divulgado por Berlim, Biden conversou com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, e ambos alertaram que a decisão de Putin não ficará sem resposta. A nota diz que os três concordam que a medida unilateral da Rússia constitui uma violação clara dos acordos de paz de Minsk para solucionar o conflito ucraniano.

Os três aliados ocidentais se comprometeram a não recuar em seu compromisso com a integridade territorial e a soberania da Ucrânia.

A reação do governo Biden ecoou as respostas dos aliados europeus à performance de uma hora de Putin, que transmitiu com raiva décadas de queixas russas sobre a Ucrânia, a Otan e os EUA.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, atacou Putin, dizendo no Twitter que o reconhecimento da Rússia dos dois territórios "é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk".

A ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que o Reino Unido e a UE estão coordenando para anunciar em breve sanções conjuntas contra a Rússia.

Segundo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a medida de Putin foi "um mau presságio e um sinal muito sombrio" do que estaria por vir. O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, acusou Moscou de escalar o conflito e instou a Rússia a "escolher a diplomacia".

Estadão
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