EUA e Reino Unido dizem que bomba pode ter derrubado avião russo
O avião russo que caiu no Egito no fim de semana pode ter sido derrubado por um explosivo, segundo informaram autoridades dos governos do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Durante a tarde, uma decisão do governo britânico suspendeu todos os voos entre o Reino Unido e o balneário egípcio de Sharm el-Sheik enquanto especialistas avaliam a segurança do aeroporto.
Segundo o Reino Unido, trata-se de uma “medida preventiva” após “mais informações virem à tona”.
Um funcionário do governo norte-americano disse à agência de notícias AP que Washington está trabalhando com a hipótese de um grupo ligado ao autoproclamado "Estado Islâmico" ("EI") ter colocado um explosivo no avião.
O Airbus 321 caiu no último sábado logo após decolar do balneário Sharm El-Sheik em direção a São Petersburgo, na Rússia, matando as 224 pessoas que estavam a bordo.
O governo do Egito tem refutado afirmações de que o "EI" tenha envolvimento com a queda do avião, enquanto especialistas russos afirmaram ser cedo demais para se tirar conclusões.
Preocupação
Os especialistas em segurança que estão avaliando a situação do aeroporto devem ter uma conclusão até o fim da noite desta quarta-feira.
“Não podemos dizer categoricamente por que o avião russo caiu, mas estamos preocupados sobre o fato de a aeronave ter sido derrubada por um explosivo”, disse o secretário de Transporte britânico, Patrick McLoughlin.
Para o jornalista da BBC Frank Gardner, especialista em segurança, a suspensão dos voos é “um pouco humilhante” para o governo egípcio.
“[O governo britânico] Ainda não deu detalhes das informações que recebeu ou de onde elas vieram. Mas disse que não pode arriscar a segurança de tantos britânicos que viajam para o resort.”
Há cerca de 2 mil britânicos no local atualmente.
Se os especialistas fizerem uma avaliação negativa do aeroporto, isso pode trazer consequências devastadoras para a indústria de turismo egípcia.
A decisão de suspender os voos foi tomada durante a visita do presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, à Grã-Bretanha, o que torna a situação diplomática ainda mais delicada.