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EUA fazem 1º lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza; vídeo

Mais de 30 mil palestinos já foram mortos desde o dia 7 de outubro; do lado israelense 1.200 morreram

2 mar 2024 - 13h27
(atualizado às 17h06)
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EUA fazem 1º lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza
EUA fazem 1º lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os Estados Unidos realizaram neste sábado (2) o primeiro lançamento aéreo de ajuda humanitária para Gaza, em um esforço contínuo e que conta com o apoio de Israel.  

A informação foi confirmada por duas autoridades norte-americanas ao jornal "Washington Post".

De acordo com as fontes, três C-130 da Força Aérea lançaram 66 pacotes contendo cerca de 38 mil refeições em Gaza às 8h30 (horário dos EUA).

O envio da ajuda humanitária foi divulgado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na última sexta-feira (1º), ao destacar que "pessoas inocentes foram pegas em uma guerra terrível, incapazes de alimentar suas famílias". "E você viu a resposta quando tentaram obter ajuda. Precisamos fazer mais", afirmou.

A decisão foi tomada após dezenas de civis morrerem durante distribuição de comida na quinta passada (29). Na ocasião, o governo do Hamas acusou as tropas israelenses de abrirem fogo contra os palestinos.

Segundo o diretor interino do hospital al-Awda em Jabalia, Mohammed Salha, cerca de 80% dos feridos no massacre na fila de ajuda humanitária em Gaza nos últimos dias levados para a sua unidade de saúde tinham ferimentos de bala.

Salha explicou que, dos 176 feridos levados para o hospital de al-Awda, 142 tinham ferimentos de bala, enquanto os outros 34 apresentavam ferimentos devido a uma fuga precipitada. Ele especificou ainda que não poderia fornecer informações sobre a causa da morte das vítimas do incidente porque o seus corpos foram transportados para outras instalações.

Hoje, pelo menos mais 10 palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense que atingiu uma tenda em Rafah, informou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas.

A agência Reuters publicou que a ofensiva ocorreu numa área onde os palestinos deslocados se refugiaram, fora de um hospital no subúrbio de Tel Al-Sultan, em Rafah, no sul de Gaza. As autoridades revelaram que entre as vítimas está um médico que trabalhava no local.

Em meio ao novo ataque, fontes de segurança egípcias anunciaram que as negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e a troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos devem ser retomadas no Cairo amanhã (3) "Fala-se de uma longa trégua em Gaza e de uma troca, mas para chegar a um acordo é necessário estabelecer a retirada de Israel do norte de Gaza e o regresso dos deslocados", disseram.

Itália 

Paralelamente, cidades na Itália, incluindo Trieste e Milão, registram protestos em apoio aos palestinos. Ativistas carregam faixas com os dizeres "Parem o genocídio em Gaza".

Em Pisa, ao menos 5 mil pessoas pediram um ?cessar-fogo? na Palestina e protestaram contra as acusações policiais na marcha estudantil de 23 de fevereiro, onde 17 pessoas, a maioria menores, ficaram feridas.

Durante a manifestação, foram entoados slogans contra Israel, definido como um ?Estado fascista e terrorista? . 

Já em Roma, manifestantes se reúnem na Piazza Vittorio em uma marcha pró-Palestina que chegará à Piazzale Tiburtino.

?Liberte a Palestina, pare o genocídio?, gritam os presentes, que carregam uma foto do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e de sua homóloga italiana, Giorgia Meloni, apertando as mãos, manchada com marcas de mãos pintadas de vermelho, significando o ?sangue palestino? em suas consciências.

Mais cedo, Roberto Cenati, presidente da Associação Nacional dos Partisans Italianos (Anpi) de Milão desde 2011, renunciou em desacordo com o uso da palavra "genocídio" pela associação em relação à resposta militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

"O governo de extrema direita de [Benjamin] Netanyahu, depois do ataque ignóbil do Hamas, levou a cabo um banho de sangue matando muitas pessoas, incluindo crianças e mulheres, mas o termo 'genocídio' é usado com 'delicadeza' porque é o extermínio cientificamente planejado de uma população", afirmou ele em um telefonema à ANSA. .

Ansa - Brasil
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