EUA precisam provar a juiz que reuniram crianças imigrantes abaixo de 5 anos com pais
O governo dos Estados Unidos precisa convencer um juiz nesta quinta-feira de que cumpriu uma ordem judicial e reuniu as crianças imigrantes com menos de 5 anos que foram separadas dos pais por autoridades imigratórias depois de cruzarem a fronteira dos EUA com México.
O governo tem até as 15h locais desta quinta-feira para explicar ao juiz Dana Sabraw, de San Diego, quantas crianças ainda precisam ser reunidas aos pais e informá-lo se cumpriu o prazo de terça-feira para fazê-lo com todos os menores de 5 anos de idade.
Na noite de quarta-feira, uma autoridade do governo disse que todas as crianças com menos de 5 anos que são candidatas à reunificação estariam com seus pais até a manhã desta quinta-feira.
O grupo União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que processou o governo por causa de sua política de separações, questionou esta afirmação. "Sua declaração é no mínimo vaga", disse o advogado Lee Gelernt. "Sabemos que eles perderam o prazo".
Sabraw pediu à ACLU que proponha penalidades no caso de descobrir que o prazo não foi cumprido.
Em junho o juiz ordenou que o governo reunisse as crianças mais jovens separadas dos pais até a terça-feira e todas elas até 26 de julho.
Os dois lados voltarão ao tribunal na sexta-feira para delinear os passos para a reunificação das crianças restantes, que representam a maior parte das que foram separadas. No início desta semana Sabraw classificou o esforço como "um empreendimento significativo".
Washington disse que trabalha em prol da segurança das crianças verificando a ficha criminal dos pais, examinando DNA para provar relacionamentos familiares e analisando a capacidade dos adultos para cuidar das crianças.
A ACLU disse que nenhuma destas medidas seria necessária se o governo nunca tivesse separado as famílias.
O governo adotou a política de separações familiares como parte de um esforço mais abrangente para desestimular a imigração ilegal no início deste ano. A gestão Trump cedeu diante da pressão política intensa e revogou a diretriz em junho.
Nem todas as famílias imigrantes que foram separadas na fronteira entraram no país ilegalmente.