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Europa Ocidental pode ter mais inundações; mortos passam de 120

16 jul 2021 - 18h20
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Mais de mil de pessoas estão desaparecidas e mais casas foram destruídas em áreas atingidas por inundações no oeste da Alemanha e na Bélgica nesta sexta-feira, onde novas inundações são temidas e o número de mortos é de mais de 120.

Enchente em Erftstadt-Blessem, na Alemanha
 16/7/2021   REUTERS/Rhein-Erft-Kreis
Enchente em Erftstadt-Blessem, na Alemanha 16/7/2021 REUTERS/Rhein-Erft-Kreis
Foto: Reuters

Comunidades inteiras estão em ruínas desde que rios transbordaram e varreram cidades pequenas e vilarejos dos Estados alemães da Renânia-Palatinado e Renânia do Norte-Vestfália, na Bélgica e na Holanda.

"Foi tão horrível, não conseguimos ajudar ninguém. As pessoas gesticulavam pelas janelas", disse Frank Thel, um morador de Schuld, à Reuters diante de uma pilha de destroços na cidade, onde vários edifícios desmoronaram.

Só na Alemanha, 103 pessoas já morreram, a maior perda de vida em desastre natural em quase 60 anos no país. Teme-se que este número cresça, já que mais casas desabaram, enquanto na Bélgica autoridades disseram que pelo menos 20 pessoas morreram e outras 20 estavam desaparecidas.

"As águas estão subindo cada vez mais. É assustador", disse Thierry Bourgeois, de 52 anos, na cidade belga de Liege.

A infraestrutura foi completamente destruída, e a reconstrução custará muito tempo e dinheiro, disse a premiê da Renânia-Palatinado, Malu Dreyer, à emissora ZDF.

"O sofrimento só aumenta", acrescentou.

Cerca de 1.300 pessoas estão desaparecidas no distrito de Ahrweiler, ao sul de Colônia, informou o governo distrital no Facebook.

Redes de telefonia móvel estão inativas em algumas das regiões assoladas por inundações, o que impede familiares e amigos de rastrearem seus entes queridos.

Mais ao norte, em Erftstadt, perto de Colônia, várias casas desabaram na manhã desta sexta-feira, e equipes de resgate estão tendo dificuldade para alcança moradores de barco. Estradas ao redor de Erftstadt estão intransitáveis, já que foram varridas pelas inundações.

Não ficou claro se houve baixas, já que os agentes de resgate tinham que contar com walkie-talkies para repassar informações.

"A rede desmoronou completamente. A infraestrutura desmoronou. Os hospitais não conseguem receber ninguém. As casas de repouso tiveram que ser esvaziadas", disse a porta-voz.

O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, disse à revista Spiegel que o governo federal pretende fornecer apoio financeiro às regiões afetadas o mais rápido possível, acrescentando que um pacote de medidas deve ir ao gabinete para receber aprovação na quarta-feira.

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