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Europa tem 9 ataques com veículos em pouco mais de um ano

Grandes cidades como Berlim, Londres e Nice tiveram episódios fatais envolvendo vans e caminhões que avançaram contra multidões.

17 ago 2017 - 16h51
(atualizado às 17h02)
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Feridos sendo tratados após ataque com caminhão em Nice, em julho passado
Feridos sendo tratados após ataque com caminhão em Nice, em julho passado
Foto: BBC News Brasil

O ataque em Las Ramblas, Barcelona, nesta quinta-feira, se soma a ao menos outros oito episódios em que veículos foram usados para avançar contra civis em grandes cidades europeias nos últimos 14 meses, deixando dezenas de mortos. Muitos deles foram perpetrados por supostos seguidores do grupo extremista autodenominado Estado Islâmico.

A tática também foi usada no último fim de semana na cidade americana de Charlottesville (EUA), quando um supremacista branco atropelou uma multidão, deixando 19 feridos e uma mulher morta; e em Jerusalém, em janeiro, quando um caminhão dirigido por um palestino avançou contra soldados israelenses, matando quatro cadetes.

Relembre, a seguir, os atentados do tipo ocorridos na Europa a partir de julho de 2016, quando ocorreu o primeiro e mais mortal deles, em Nice, na França:

1. Nice

Em 14 de julho de 2016, o tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, de 31 anos, dirigiu um caminhão de 19 toneladas em direção às centenas de pessoas que comemoravam o Dia da Bastilha no Promenade des Anglais, na cidade costeira francesa de Nice. Oitenta e seis pessoas morreram no ataque.

Mais tarde, o Estado Islâmico afirmou que Bouhlel era um de seus seguidores.

2. Berlim

Em 19 de dezembro de 2016, o tunisiano Anis Amri, de 24 anos, roubou um caminhão e usou-o para avançar contra os frequentadores de um mercado natalino da capital alemã, matando 12 pessoas e ferindo 48.

Amri foi morto pela polícia italiana quatro dias mais tarde, depois de ter viajado por diversos países europeus. O atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

3. Londres

Em 22 de março de 2017, o britânico Khalid Masood, de 52 anos, atacou pedestres na famosa ponte londrina de Westminster, perto do Parlamento, matando cinco pessoas e ferindo outras 50, até ser morto pela polícia.

O ataque também foi reivindicado pelo EI.

Khalid Masood sendo detido pela polícia após ataque em Westminster
Khalid Masood sendo detido pela polícia após ataque em Westminster
Foto: BBC News Brasil

4. Estocolmo

Em 7 de abril, um caminhão conduzido pelo uzbeque Rakhmat Akilov, de 39 anos, foi usado para atacar a mais movimentada rua de lojas em Estocolmo, na Suécia. Cinco pessoas morreram, incluindo uma menina de 11 anos, e outras 15 ficaram feridas.

Segundo a polícia uzbeque, Akilov havia tentado se juntar ao Estado Islâmico em 2015.

5. Londres, mais duas vezes

Em 3 de junho, três homens e uma van avançaram contra pedestres nos arredores da London Bridge, deixando oito mortos. Os agressores, também com supostos elos com o EI, foram mortos pela polícia.

Dias depois, o britânico Darren Osborne atacou fiéis com uma van perto de uma mesquita no norte de Londres, matando uma pessoa e ferindo 11. Osborne foi indiciado por terrorismo.

6. Paris, duas vezes

Em 19 de junho, o radical islâmico Adam Dzaziri, de 31 anos, foi morto depois de avançar com seu carro contra uma van policial no Champs-Elysees, na capital francesa. Ninguém ficou ferido.

O carro de Dzaziri - que havia jurado lealdade ao EI - estava repleto de armas.

Em 19 de agosto, um argelino de 36 anos, identificado como Hamou B., dirigiu um BMW contra soldados que estavam perto de um mercado em um subúrbio parisiense. Seis pessoas ficaram feridas.

7. Barcelona

Nesta quinta-feira, um motorista atirou uma van contra uma multidão de pedestres na avenida Las Ramblas, um dos pontos turísticos mais importantes da cidade espanhola.

Até a publicação deste texto, a polícia tinha confirmado 13 mortes. Outras cerca de 80 pessoas ficaram feridas, 15 delas com gravidade.

As autoridades tratam o incidente como um "atentado terrorista", e duas pessoas foram presas ainda nesta quinta-feira.

A autoria do ataque ainda não está plenamente esclarecida, mas uma agência ligada ao Estado Islâmico afirma que o grupo radical reivindicou responsabilidade pelo episódio, dizendo que ele foi perpetrado por "soldados do EI".

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