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Europa volta a ser epicentro do covid-19 e cogita lockdown

Alguns países pensam na volta de lockdowns antes do Natal e ampliou o debate sobre a vacinação da população

12 nov 2021 - 09h22
(atualizado às 09h35)
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Profissionais de saúde com trajes de proteção em hospital em Darmstadt, na Alemanha, durante pandemia de Covid-19
11/05/2021 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Profissionais de saúde com trajes de proteção em hospital em Darmstadt, na Alemanha, durante pandemia de Covid-19 11/05/2021 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Foto: Reuters

O contratempo chega no momento em que campanhas de vacinação bem-sucedidas atingem um platô antes dos meses de inverno e da temporada de gripe.

Cerca de 65% da população do Espaço Econômico Europeu (EEE), que inclui União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega, recebeu duas doses, de acordo com dados da UE, mas o ritmo diminuiu nos últimos meses.

A administração de vacinas em países do sul europeu está em cerca de 80%, mas a relutância freia a distribuição no centro e no leste da Europa e na Rússia, causando surtos que podem sobrecarregar os sistemas de saúde.

Alemanha, França e Holanda também testemunham uma disparada de infecções, o que mostra o desafio enfrentado até por governos com índices altos de aceitação e acaba com as esperanças de que as vacinas significarão uma volta a algo parecido com o normal.

As hospitalizações e as mortes estão muito menores do que um ano atrás, e grande variações nacionais no uso de vacinas e medidas como distanciamento social tornam difícil chegar a conclusões a respeito de toda a região.

Mas uma combinação de vacinação baixa em algumas partes, imunidade em queda entre os primeiros vacinados e um relaxamento com máscaras e distanciamento quando os governos afrouxaram as restrições durante o verão provavelmente é a culpada pelo atual momento enfrentando pela Europa, disseram virologistas e especialistas de saúde pública à Reuters.

"Se existe uma coisa a se aprender disto, é não abaixar a guarda", disse Lawrence Young, virologista da Escola de Medicina de Warwick do Reino Unido.

O relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a semana encerrada em 7 de novembro mostrou que a Europa, incluindo a Rússia, foi a única região a registrar um aumento de casos de 7%, enquanto outras áreas relataram declínios ou tendências de estabilização.

De forma semelhante, o relatório apontou um aumento de 10% de mortes no continente, enquanto outras regiões mostraram recuos.

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