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Europa

Acordo de associação da Ucrânia com a UE é arquivado

21 nov 2013 - 16h47
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O acordo de associação proposto pela União Europeia à Ucrânia foi arquivado nesta quinta-feira, uma semana antes de sua assinatura programada e aguardada, tendo Kiev preferido "reviver suas relações econômicas com a Rússia".

"O acordo não será assinado em Vilnius (...) Nossa missão foi concluída", declarou o ex-presidente polonês Aleksander Kwasniewski, enviado da UE que se reuniu na capital ucraniana com o ex-presidente do Parlamento Europeu, Pat Cox, em uma última tentativa de resolver a situação.

Mais cedo, o primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov assinou um decreto para "suspender o processo de preparação do Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE", terminando assim com as esperanças do país assinar o documento.

Esta decisão inesperada de Kiev, um verdadeiro golpe para a UE e uma vitória para a diplomacia russa, foi tomada para "garantir a segurança nacional, relançar as relações econômicas com a Rússia e preparar as relações em pé de igualdade com a União Europeia", assegurou Azarov, que encontrou no dia anterior o seu colega russo, Dmitry Medvedev.

Kwasniewski explicou que a decisão de Kiev por "uma pressão brutal de Moscou, tanto econômica quanto pelos meios de comunicação", conduziu à paralisação quase total das exportações ucranianas para a Rússia, enquanto que "os fundos estatais ucranianos estão vazios". "Esta é uma grande batalha geopolítica, uma batalha para o futuro do continente europeu", disse ele.

O ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, criticou a decisão da Ucrânia. "O governo ucraniano se inclina diante do Kremlin. Claramente, a política de pressão brutal funciona", escreveu ele no Twitter. "A economia da Ucrânia está em declínio. Afastar-se das reformas da UE para se aproximar da Rússia dificilmente pode ajudar. Isso mata as perspectivas para investimentos estrangeiros diretos", acrescentou.

Dalia Grybauskaite, presidente da Lituânia, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia, disse que "a ruptura nas relações (entre a UE e a Ucrânia) pode durar muito tempo", em uma entrevista à AFP.

A líder da oposição ucraniana, Arseniy Yatsenyuk, acusou de "alta traição" o presidente Viktor Yanukovych e exigiu sua renúncia. Os líderes da oposição convocaram uma manifestação em Kiev, no domingo.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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