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Europa

Alemã conta que era obrigada a experimentar comida de Hitler

O medo de que o Führer fosse envenenado era grande e, por isso, um grupo de mulheres tinha que provar a comida antes

18 set 2014 - 14h59
(atualizado às 14h59)
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A alemã conta que tinha de provar todos os pratos servidos ao nazista
A alemã conta que tinha de provar todos os pratos servidos ao nazista
Foto: The Independent / Reprodução

Toda refeição do ditador nazista tinha que ser provada. A cada prato que chegava, um grupo de mulheres polonesas e alemãs teria de servir de cobaias e, caso a comida tivesse realmente envenenada, como se temia, elas estariam mortas para salvar Adolf Hitler. As informações são do The Independent.

É o que revelou, décadas depois do final da Segunda Grande Guerra, a única sobrevivente do grupo, Margot Wölk, hoje com 96 anos. Todas as outras morreram fuziladas pelo Exército Vermelho (comunista) em janeiro de 1945.

A alemã, nascida em Berlim, não era nazista e foi parar neste “emprego” totalmente sem querer. Na época, Wölk tinha 25 anos e seu marido estava nos campos da guerra; assim, ela se mudou para o interior na cidade de Partsch, onde sua mãe morava, que ficava muito próxima à “Toca do Lobo” de Hitler. Como o prefeito na cidade era extremamente fiel ao Nazismo, obrigava as jovens a ser "provadoras" da comida do Führer. Assim, todos os dias, o exército nazista SS vinha a buscar na porta de casa.

“Havia rumores de que os britânicos iriam envenenar Hitler... A comida era sempre vegetariana. Tínhamos de comer macarrão, arroz, pimentões, couve-flor e ervilhas”, conta.

Hitler em mesa de jantar com seus apoiadores
Hitler em mesa de jantar com seus apoiadores
Foto: Daily Express / Getty Images

Ela e as outras 15 jovens choravam “como cachorros” a cada final de refeição e na primeira hora seguida a isso (quando terminava a espera pelos sinais de um possível envenenamento). 

“Algumas garotas começavam a chorar assim que colocavam a comida na boca. Estávamos sempre com muito medo e ficávamos muito felizes por estarmos vivas”, disse.

Ainda segundo a alemã, ela conseguiu sobreviver graças a ajuda de amigos que fizera na SS, que ajudaram-na a fugir do local de teste dos alimentos, podendo, assim, fugir até a destruída Berlim. Com o final da guerra, porém, o tormento não terminou para ela que foi estuprada, junto de outras mulheres, por 14 dias em um apartamento pelos soldados russos, que tomaram Berlim em maio de 1945. “Eles cortaram nossos vestidos e abusaram sexualmente de nós por duas semanas. Aquilo foi o inferno na Terra”, afirma.

Em 1946, o marido de Margot, Karl, voltou para casa, depois de ser libertado pelos soviéticos. Ele estava pesando 45 quilos e tinha uma bandagem na cabeça. Karl morreu há 24 anos e, desde então, Margot passa os dias sozinhas, pois não teve filhos. 

Fonte: Terra
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