Apesar das hostilidades entre as forças ucranianas e os separatistas pró-Rússia, legista internacionais chegaram nesta quinta-feira à região onde o avião malaio caiu há duas semanas no leste da Ucrânia e colheram 25 amostras de DNA e 27 objetos pessoais de vítimas, informou o governo da Holanda.
Os profissionais holandeses e australianos foram ao local acompanhados por uma equipe da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). Amanhã, os holandeses tentarão voltar, desta vez com a equipe completa, acrescentou o governo.
O chefe da missão de repatriação, Pieter Jaap Aalbersberg, destacou que a situação de segurança na zona "é muito instável". Ele se recusou a determinar data para o fim dos trabalhos no local, que qualificou de "muito complexos", embora tenha dito que, se tiverem acesso ilimitado, os trabalhos poderiam ser concluídos "no prazo de uma semana".
Ao todo, 298 pessoas, 195 holandesas, morreram no acidente do avião da Malaysia Airlines, supostamente derrubado por um míssil no último dia 17 em território ucraniano controlado pelos separatistas pró-Rússia.
O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, pediu hoje tanto à Ucrânia quanto às forças separatistas para "pôr fim às hostilidades dentro e fora do local da queda" do avião.
Em entrevista coletiva depois de se reunir em Haia com seu colega holandês, Mark Rutte, o líder malaio reivindicou "respeito à integridade da zona para que a investigação possa acontecer".
Legistas e membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram surpreendidos por fogo de artilharia vindo de uma região próxima na qual combatem forças ucranianas e os separatistas pró-Rússia.
Segundo Rutte, tanto para ele quanto para seu colega malaio, a repatriação das vítimas "continua sendo a prioridade", e explicou que a Holanda tomou um papel de "liderança" nesse assunto e no trabalho legista.
"Devemos isso aos países que perderam pessoas no desastre. Vamos trabalhar o mais rápido e cuidadosamente possível", acrescentou Rutte.
Na semana passada, 227 caixas com os restos mortais dos passageiros foram enviados ao aeroporto holandês de Eindhoven vindos da Ucrânia.
Os corpos estão sendo identificados em uma nave industrial em Hilversum (norte da Holanda), onde o primeiro-ministro malaio assinou hoje o livro de condolências e depositou uma coroa de flores em memória das vítimas.
Irmãos australianos Mo, 12 anos, Evie, 10, e Otis Maslin, 8, voltavam com o avô, Nick Norris, para a Austrália após um feriado ao lado dos pais, que ficaram em Amsterdã
Foto: Reprodução/BuzzFeed
Nick Norris, 68, acompanhava os netos Mo, Evie e Otis em viagem de volta à Austrália
Foto: Reprodução/BuzzFeed
O holandês John, sua mulher Yuli e os filhos Arjuna e Sri Paulissen estavam no voo da Malaysia
Foto: AP
O holandês Joep Lange já foi presidente da Sociedade Internacional da AIDs e estava indo para uma conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Jean Ayssi/AFP
O porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Glenn Thomas, estava a caminho da conferência sobre a AIDs em Melbourne, na Austrália
Foto: AFP/Organização Mundial da Saúde
Foto da graduação do indonésio Hendry Se, que estava no avião da Malásia que caiu na Ucrânia
Foto: Família de Hendry Se/AFP
Os namorados holandeses Karlijn Keijzer e Laurens van der Graaff também estão entre as vítimas
Foto: AP
Foto da indonésia Ninik Yuriani, uma das vítimas que estavam no voo da Malaysia, na Holanda
Foto: Família de Ninik Yuriani/AFP
Um cartaz de desaparecido com uma foto do indonésio Wayan Sujana, que estava no avião da Malaysia
Foto: Christopher Furlong/Getty Images
O senador holandês Willem Witteveen estava no voo da Malaysia Airlines atingido por um míssil quando sobrevoava a Ucrânia
Foto: Paul Dijkstra/AFP
A holandesa Jacqueline van Tongeren era uma das pesquisadoras da AIDs a caminha de uma conferência sobre a doença em Melbourne, na Austrália
Foto: Maaike Danz/AP
O holandês Cor Pan era um dos passageiros do voo MH17, da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
Foto: Reprodução/Facebook
A australiana Philomene Tiernan também estava no avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
Quinn Lucas Schansman possuía dupla nacionalidade, holandesa-americana, e estava entre as vítimas da tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Reprodução/Facebook
A malasiana Angeline Premila era uma das comissárias a bordo do MH17
Foto: Reprodução/Facebook
O holandês Pim de Kuijer participava do grupo Stop the AIDs Now! e também iria para a conferência sobre a doença na Austrália
Foto: Reprodução/Facebook
Martine de Schutter também participava do grupo ativista Stop the AIDs Now! e estava no voo MH17
Foto: Reprodução/Facebook
A australiana Helena Sidelik voltava para o seu país após ir a um casamento em Amsterdã
Foto: Reprodução/Gold Coast Bulletin
A malasiana Nur Shazana Mohamed Salleh era uma das comissárias de bordo do avião da Malaysia Airlines
Foto: Reprodução/Facebook
O holandês Emiel Mahler ia para Kuala Lumpur, na Malásia, com a namorada
Foto: Reprodução/Facebook
Gary Slok, 15 anos, era goleiro num time local de Maassluis, na Holanda; ele e sua mãe Petra van Langeveld iam para Kuala Lumpur em uma viagem para pais solteiros e seus filhos; o jovem jogador tirou um selfie com a mãe momentos antes do MH17 decolar
Foto: Reprodução/TheMirror
A holandesa Tessa van der Sande trabalhava na Anistia Internacional da Holanda e estava no avião da Malaysia com outros membros de sua família; seu trabalho era focado na África
Foto: Reprodução/Facebook
Entre as vítimas do MH17 estão os australianos Liam Davison, 56 anos, um escritor premiado, e sua mulher, Frankie, 54, que era professora de literatura
Foto: Reprodução/The Age
Shuba Jaya, uma atriz de Kuala Lampur, e seu marido holandês Paul Goes; o casal estava no voo de volta para casa após terem levada o filha Kaela para os avôs paternos conhecerem
Foto: Reprodução/The Star Online
Uma família de seis pessoas morreu na tragédia; Tambi Jiee e sua mulher, Ariza Ghazalee, viajavam com os filhos Muhammad Afif, Afruz Tambi, Marsha Azmeena e Muhammad Afzal da Europa para casa, em Kuala Lumpur; na foto, uma passagem da família pela Alemanha
Foto: Reprodução/Facebook
O piloto de helicóptero Cameron Dalziel, que possuía dupla cidadania (britânica/sul-africana), trabalhava na Malásia e voltava para o país após uma conferência em Amsterdã; um colega disse que ele era um ótimo piloto de resgate
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O advogado britânico John Allen era casado com a holandesa Sandra Martens, com quem tinha os filhos Christopher, Julian e Ian, todos holandesas; a família toda estava no MH17 indo passar férias na Indonésia
Foto: Reprodução/The Mirror/Universal News and Sport
Único canadense no voo, Andrei Anghel, 24, era estudante de medicina e estava a caminho de Bali, na Indonésia, com a namorada alemã, Olga Ioppa
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Bintiparawira Sitiamirah, também conhecida como Sri Siti Amirah, era mulher de Mohammad Omar, avô do primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak; ela estava em Amsterdã visitando familiares e iria para a Indonésia passar uma data comemorativa muçulmana