Apesar dos ciberataques Putin diz que não cortará internet
Internet foi chamada pelo presidente russo de "projeto da CIA" no passado
Vladimir Putin disse nesta quarta-feira que não consideraria restringir o acesso à internet de usuários russos, mas alertou sobre um aumento abrupto nos ataques cibernéticos contra domínios estatais desde o início da crise na Ucrânia.
Os comentários do presidente russo tiveram a intenção de debelar boatos sobre planos para reprimir o uso da rede mundial de commputadores - já chamada por ele de "projeto da CIA" e usada por seus oponentes para organizar protestos - no momento em que se agravam as tensões com o Ocidente por causa da crise ucraniana.
"Não temos a intenção de limitar o acesso à web, colocá-la sob total controle, nacionalizar a internet", afirmou o líder russo durante uma reunião de seu Conselho de Segurança, órgão consultivo que reúne autoridades de alto escalão de áreas do governo, defesa e segurança.
Ele disse que tais restrições seriam uma contradição a princípios básicos do Estado democrático e que não estava "nem considerando" medidas do tipo.
Putin afirmou que os serviços de segurança russos têm detectado um constante crescimento nos ciberataques, em especial durante os últimos seis meses, período no qual a crise na Ucrânia se agravou.
O mandatário ainda acrescentou que a intensidade dos ciberataques "depende da situação internacional no momento".
"Precisamos melhorar muito a segurança das redes de comunicação domésticas e recursos de informação, primariamente aqueles usados por estruturas do Estado", disse ele, sem detalhar como a Rússia planeja fazer isso.