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Ashton e Yanukovitch abordam reforma da Constituição da Ucrânia

5 fev 2014 - 15h58
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O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovitch, e a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, abordaram nesta quarta-feira as perspectivas de reforma da Constituição presidencialista, uma das principais reivindicações da oposição.

Ashton explicou em entrevista coletiva que durante a reunião de quase duas horas com Yanukovitch foram buscadas vias para a estabilização política da Ucrânia, cenário de protestos antigovernamentais desde o último dia 21 de novembro.

A diplomata europeia chamou a atenção para o fato de que aqueles que recorreram à força não tenham comparecido perante a Justiça. "Vemos que o nível da violência diminuiu, mas estamos preocupados com o fato de que aqueles que cometeram atos de violência não tenham comparecido perante os tribunais. Queremos ver um processo transparente e independente", disse.

Horas antes, o dirigente opositor Vitali Klitschko deu a Yanukovitch duas opções: ou retornar à Constituição promulgada durante a Revolução Laranja de 2004 ou convocar eleições presidenciais e parlamentares antecipadas. "Não temos tempo. Falamos de dias e inclusive de horas. Não devemos permitir uma nova escalada do conflito", advertiu o líder do partido UDAR (Golpe).

Ashton se reuniu antes com os três líderes da oposição ucraniana, entre eles Klitschko, que assegurou que Bruxelas está disposta a enviar "mediadores de alto nível" às negociações entre ambos bandos. "Alguém deve presenciar o processo de negociações e registrar todos os acordos e compromissos. A alta representante da UE, a senhora Ashton, assegurou que a Europa está disposta a enviar mediadores de alto nível às conversas entre a oposição e as autoridades", declarou.

Após conseguir a renúncia do governo em plenário e a derrogação das leis que restringiam a liberdade de expressão e reunião, agora a oposição exige a reforma da Carta Magna para limitar as faculdades de Yanukovich. O presidente ucraniano deve assistir na próxima sexta-feira à cerimônia de inauguração dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, quando se reunirá com seu colega russo, Vladimir Putin.

EFE   
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