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Ataque no Reino Unido: o que se sabe até agora

Um homem-bomba matou 22 pessoas e feriu 64 na Manchester Arena na saída de show de cantora pop Ariana Grande.

24 mai 2017 - 08h01
(atualizado às 08h37)
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Velas e flores
Velas e flores
Foto: BBC News Brasil

Vinte e duas pessoas foram mortas e 64 feridas depois que o homem-bomba Salman Abedi, de 22 anos, detonou um dispositivo caseiro ao final do show da cantora americana Ariana Grande em um ginásio em Manchester, no norte da Inglaterra.

Isto é o que sabemos até agora:.

O que aconteceu?

A polícia diz que um homem-bomba detonou um artefato caseiro na entrada da Arena de Manchester quando a multidão deixava o show de Ariana Grande na segunda-feira à noite.

Vinte e duas pessoas morreram na explosão, incluindo uma menina de 8 anos.

Outras 64 pessoas, incluindo 12 com idades de até 16 anos, foram feridas e levadas para hospitais locais.

O autor do ataque morreu no local.

Testemunhas relataram que o barulho da explosão foi seguido de um clarão de fogo. Em seguida, viram porcas e parafusos espalhados pelo chão entre os corpos, e notaram o cheiro dos explosivos.

Os serviços de emergência receberam mais de 240 chamadas; 60 ambulâncias e 400 policiais se deslocaram para o evento.

Depois do ataque, centenas de pessoas em Manchester iniciaram uma rede oferecendo ajuda às vítimas e suas famílias.

Quem realizou o ataque?

Salman Abedi
Salman Abedi
Foto: BBC News Brasil

A polícia identificou o autor do ataque como Salman Abedi, de 22 anos.

Abedi nasceu em Manchester, na véspera de Ano Novo de 1994. Ele teria pelo menos três irmãos: um irmão mais velho, nascido em Londres, um mais novo e uma irmã, nascidos em Manchester.

A família, cuja origem seria líbia, morou em vários endereços em Manchester, incluindo a residência em Elsmore Road vasculhado pela polícia na terça-feira.

A Universidade de Salford informou que Abedi estudava na instituição, mas não deu mais detalhes.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, mas isso não foi confirmado por autoridades.

Manchester
Manchester
Foto: BBC News Brasil

A investigação

Na terça-feira, a polícia informou ter realizado batidas em quatro endereços de Manchester e arredores, e três pessoas foram detidas sob suspeita de ligação com o ataque.

Na manhã desta quarta-feira, foi informado que um dos homens presos seria um dos irmãos de Abedi.

Segundo a ministra do Interior, Amber Rudd, Abedi já era conhecido dos serviços de segurança e seria "provável" que ele não tenha agido sozinho.

Na terça-feira à noite, a primeira-ministra Theresa May acrescentou que "há uma possibilidade que não se pode ignorar" de que haja um "grupo mais amplo de indivíduos relacionados ao ataque", e informou que o nível de risco de terrorismo internacional do Reino Unido foi elevado para "crítico".

O chefe de polícia de Manchester, Ian Hopkins, classificou este como "o pior incidente" que a região já enfrentou.

Vítimas identificadas

Vítimas vêm sendo identificadas pouco a pouco. A primeira a ser conhecida foi a estudante universitária Georgina Callander, de 18 anos.

Depois, foram identificados Saffie Rose Roussos, de 8 anos, John Atkinson, 28, Olivia Campbell, 15, Kelly Brewster, 32, Martyn Hett, 29 e o casal polonês Angelika e Marcin Klis, que fora ao local do atentado para buscar as filhas.

Os feridos estão sendo tratados em oito hospitais na Grande Manchester. Muitos estão em estado crítico.

Milhares de pessoas fizeram uma vigília em uma praça no centro de Manchester, na noite de terça-feira.

Ações após o ataque

A região nos arredores do local do atentado e da estação de metrô próxima foi interditada, uma vez que investigadores continuam trabalhando no local. O serviço de transporte não opera nas imediações e pode permanecer assim pelos próximos dias.

Como resultado da decisão de aumentar o nível de alerta de terrorismo para "crítico" - a última vez em que isso ocorreu foi em 2007 -, as forças armadas ocuparão "lugares-chave", segundo Theresa May, inclusive em Londres.

Militares também poderão ser deslocados para shows e eventos esportivos.

A Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres, disse que enviará um contingente adicional de oficiais no sábado para a final da Copa da Inglaterra - a FA Cup - no estádio de Wembley e para a final do campeonato inglês de rúgbi no estádio de Twinckenham.

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