Atiradores expulsaram os investigadores do local da queda do avião da Malaysia Airlines e "lunáticos" ainda tornam a vida difícil para aqueles que querem descobrir o que derrubou o voo MH17, disseram autoridades nesta quinta-feira. Enquanto os ministros das Relações Exteriores da Austrália e da Holanda se reuniam com autoridades ucranianas para coordenar a investigação, o chefe do Serviço de Situações de Emergência da Ucrânia e o líder de uma missão da polícia holandesa afirmaram que seu trabalho no local está sendo dificultado.
A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), entretanto, disse não ter havido incidentes e que receberam especialistas da Malásia e da Austrália, que perdeu 28 cidadãos no acidente. O Ocidente pediu uma investigação meticulosa sobre a queda do voo MH17 no leste da Ucrânia para fazer justiça às 298 pessoas mortas, mas expressou o temor de que os rebeldes estejam impedindo que os investigadores façam seu trabalho.
"Eles levaram as barracas que estavam na nossa base", declarou Serhiy Bochkovsky, que chefia o serviço de emergências, em uma coletiva de imprensa na cidade de Kharkiv, no leste ucraniano, de onde os restos mortais das vítimas estão sendo enviados para casa. "Só nos permitiram ficar com nosso equipamento e maquináreis, e fomos expulsos sob a mira das armas."
Bochkovsky não informou quando isso aconteceu. O chefe da missão da polícia holandesa na Ucrânia, Jane Tuinder, também disse estar difícil ter acesso ao local para buscar mais restos das vítimas, a maioria holandesa. "Mas o processo não terminou, ainda há restos no seu país e é muito duro chegar lá, porque há alguns, e não é politicamente correto dizê-lo, mas ainda há alguns lunáticos lá", declarou.
A Holanda assumiu formalmente a condução do inquérito sobre a queda nesta quinta-feira, depois que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade uma resolução criticando a derrubada do avião e exigindo que os grupos armados permitam "acesso seguro, completo e irrestrito" ao cenário da tragédia.
Colocar os holandeses a cargo da investigação criminal foi uma maneira de contornar a oposição da Rússia à resolução da ONU caso Kiev liderasse os trabalhos, disse a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop.
Pelo menos 49 soldados ucranianos morreram neste sábado, 14 de junho, quando o avião militar de transporte em que estavam fazia uma aterrissagem no aeroporto de Lugansk e foi derrubado por insurgentes pró-russos
Foto: AP
Separatista pró-russo recolhe munições no local onde o avião de transporte do Exército ucraniano doi derubado em Lugansk, 14 de junho
Foto: Reuters
O avião modelo Il-76, de fabricação russa, foi derrubado por volta de 1h local (19h de Brasília) por dois mísseis de bazuca lançados pelos rebeldes pró-Rússia, que reconheceram a ação
Foto: Reuters
Separatistas pró-russos caminham no local onde a aeronave ucraniana foi derrubada, matando 49
Foto: Reuters
Pró-russos derrubam avião do Exército ucraniano; 49 morrem
Foto: Reuters
Um separatista pró-russo fica de guarda no local do acidente do avião de transporte do Exército ucraniano em Lugansk
Foto: Reuters
Pelo menos 49 soldados ucranianos morreram neste sábado, 14 de junho, quando o avião militar de transporte em que estavam fazia uma aterrissagem no aeroporto de Lugansk e foi derrubado por insurgentes pró-russos
Foto: Reuters
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Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia
Foto: Larry Downing/Reuters
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