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Austrália acusa Rússia de atrapalhar investigação sobre MH17

Combates entre tropas ucranianas e rebeldes pró-Rússia impediram, em quatro ocasiões, que o grupo de especialistas australianos e holandeses tivesse acesso aos destroços do MH17

31 jul 2014 - 06h14
(atualizado às 06h21)
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Ministra australiana disse que os combates continuam apesar das promessas de vários dirigentes políticos para criar um corredor humanitário e declarar um cessar-fogo na região
Ministra australiana disse que os combates continuam apesar das promessas de vários dirigentes políticos para criar um corredor humanitário e declarar um cessar-fogo na região
Foto: Valentyn Ogirenko / Reuters

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, acusou a Rússia nesta quinta-feira de interferir nas tentativas da equipe internacional de investigação para ter acesso ao local onde estão os destroços do avião da Malaysia Airlines que foi abatido no leste da Ucrânia.

Os combates entre as tropas ucranianas e os rebeldes pró-Rússia impediram, em quatro ocasiões, que o grupo de especialistas australianos e holandeses tivesse acesso aos destroços do MH17 onde, segundo a ministra australiana, ainda pode haver restos mortais de 80 das 298 pessoas que viajavam a bordo da aeronave.

Julie Bishop disse que os combates continuam apesar das promessas de vários dirigentes políticos para criar um corredor humanitário e declarar um cessar-fogo na região.

"Meu grande temor é que a Rússia esteja atrapalhando ativamente este processo. Temos todo o apoio possível do governo da Ucrânia, mas os combates continuam e não há nenhum cessar-fogo", disse a ministra à emissora australiana ABC.

"É frustrante, angustiante. Estamos na região, os especialistas estão preparados para começar a trabalhar, mas não podemos ter acesso ao local", acrescentou Julie, que reiterou a "determinação" da Austrália para recuperar os corpos que permanecem entre os destroços do avião.

O voo MH17 da Malaysia Airlines, que fazia a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur com 298 passageiros e tripulantes a bordo, caiu na região de Donetsk, em uma área controlada pelos rebeldes pró-Rússia, após ser atingido por um míssil no dia 17 de julho. Entre os passageiros, 37 eram de nacionalidade australiana.

Foto: Arte Terra

EFE   
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