Barcelona tenta equilibrar segurança e liberdade pós-ataques
A região espanhola da Catalunha, atingida por dois ataques de militantes islâmicos que mataram 15 pessoas na semana passada, deve mobilizar mais policiais, instalar barreiras em Barcelona e reforçar a segurança ao redor de estações e pontos turísticos.
O difícil é encontrar um equilíbrio entre garantir proteção e não sobrecarregar os moradores de restrições.
"Estamos estudando adotar obstáculos (nas ruas) que poderiam ser móveis", disse Joaquin Forn, encarregado de assuntos internos da Catalunha, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Na semana passada, uma van avançou sobre uma multidão de visitantes e residentes na movimentada área de Las Ramblas de Barcelona, matando 13 pessoas. Duas outras foram mortas durante a fuga do motorista e em um ataque separado em Cabrils.
O atentado em Barcelona reacendeu um debate sobre como as cidades podem evitar tais ataques. Militantes usaram caminhões e carros como armas para matar quase 130 pessoas na França, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Espanha nos últimos 13 meses.
A polícia da Alemanha, por exemplo, instalou barreiras de concreto diante da catedral gótica mundialmente famosa de Colônia nesta quarta-feira em reação aos relatos de que militantes islâmicos pretendiam atacar a igreja da Sagrada Família de Barcelona.
As autoridades catalãs também podem construir algumas barreiras permanentes e transformar algumas ruas em vias exclusivas para pedestres, disse Forn.
A capital da Catalunha, que recebe cerca de 30 milhões de visitantes por ano, abriga vários pontos turísticos projetados pelo arquiteto Antoni Gaudí, incluindo a imponente Sagrada Família. Forn acrescentou que cerca de 10% a mais de policiais serão acionados.