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Berlim e Paris anunciam repartição de 160 mil refugiados

Países anteciparam um acordo político entre ministros de Interior europeus para dividir pela UE 160 mil refugiados em dois anos

14 set 2015 - 15h47
(atualizado às 18h28)
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Menino chora em estação de trem em Schoenefeld, na Alemanha
Menino chora em estação de trem em Schoenefeld, na Alemanha
Foto: Patrick Pleul / EFE

A Alemanha e a França anteciparam nesta segunda-feira (14) um acordo político entre ministros de Interior europeus para dividir pela União Europeia (UE) 160 mil refugiados em dois anos, um número que inclui as duas medidas propostas por Bruxelas desde maio para distribuir 40 mil e 120 mil pessoas.

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"Há um acordo geral para a realocação de 160 mil nos Estados europeus", adiantou o titular alemão de Interior, Thomas de Maizière, em entrevista coletiva conjunta com seu colega francês, Bernard Cazeneuve.

De Maizière afirmou que a medida de divisão de 120 mil pelos países será concretizada no Conselho marcado para acontecer em 8 de outubro, após os 28 países-membros terem aprovado formalmente a primeira ação para a repartição de 40 mil refugiados.

Além disso, o ministro acrescentou que para a Alemanha aceitar esse acordo, os solicitantes de asilo que serão repartidos precisariam vir dos centros de registro, ou seja, eles deverão ser identificados primeiro.

Igualmente foi acordado um "calendário concreto" para o estabelecimento de centros de registros, antecipou o ministro alemão, ao mesmo tempo em que indicou que nesta segunda, pela primeira vez, a Grécia disse estar disposta a estabelecer "um ou vários" desses centros, nos quais colaborará a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados.

Atenas ressaltou que necessita de "apoio financeiro" para esses centros de registro, acrescentou De Maizière, um elemento que consta no documento estipulado nesta segunda.

A Comissão Europeia, por sua parte, deve informar dentro de uma semana sobre os avanços quanto a esses centros de registro.

O ministro também antecipou que haverá um apoio adicional para países em regiões de crise e para a Turquia, mas sem concretizar uma dotação econômica, assim como um respaldo à criação de uma lista de países de origem seguros, que inclua todos os Estados dos Bálcãs, mas não a Turquia.

"Sobre a Turquia será preciso discutir mais", salientou De Maizière.

Os ministros também darão um "mandato claro" à Comissão para que feche acordos com os países de origem sobre a recondução de imigrantes irregulares.

O acordo político alcançado nesta segunda foi avaliado como um primeiro passo importante por parte da Alemanha, mas os resultados reais serão vistos após a aplicação dos compromissos, ressaltou o ministro.

O francês Bernard Cazeneuve, por sua parte, insistiu que é necessário um controle de fronteiras exteriores "forte e efetivo". Ele também pediu que a agência Frontex organize o retorno dos que estão em situação irregular e são imigrantes econômicos.

Em relação aos centros de registro, Cazeneuve disse que o objetivo é que sirvam precisamente para distinguir entre litigantes de asilo e imigrantes irregulares.

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EFE   
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