Bernard Cazeneuve é nomeado novo primeiro-ministro da França
O presidente da França, François Hollande, nomeou, nesta terça-feira, Bernard Cazeneuve, como novo primeiro-ministro, em substituição a Manuel Valls.
O anúncio da nomeação de Cazeneuve aconteceu minutos depois que Valls deixasse a sede da presidência, onde esteve reunido por meia hora com Hollande para apresentar sua renúncia.
"Manuel Valls renunciou e o presidente nomeou Bernard Cazeneuve como novo primeiro-ministro", afirmou à Agência Efe um porta-voz do Palácio do Eliseu.
A remodelação do governo que envolve a saída de Manuel Valls, que vai se dedicar integralmente a sua candidatura para as primárias socialistas de janeiro, irá ocorrer nas próximas horas, sem dar detalhes, de acordo com o porta-voz.
Uma das principais questões é se Cazeneuve, que desde abril de 2014 está à frente do Ministério do Interior e que tem liderado a luta contra o terrorismo na França, manterá essa pasta de grande relevância quando o país permanece em estado de emergência pela ameaça jihadista.
O novo primeiro-ministro, de 53 anos, um dos amigos mais leais de François Hollande, entrou no governo em 2012 quando o presidente socialista chegou ao Palácio do Eliseu, em um primeiro momento como responsável pelos Assuntos Europeus.
No ano seguinte, tornou-se ministro da Fazenda quando o presidente precisou substituir Jérôme Cahuzac, por conta do escândalo das revelações sobre suas contas no exterior não declaradas.
Em abril de 2014, quando Valls se tornou em primeiro-ministro - em substituição a Jean-Marc Ayrault -, Cazeneuve assumiu o Ministério do Interior e no cargo viveu a longa série de ataques jihadistas sofridas pela França, em particular os massacres de janeiro de 2015 e do dia 13 de novembro do mesmo ano, em Paris, e no dia 14 de julho deste ano, em Nice.
O reduto eleitoral do novo primeiro-ministro é Normandia, particularmente no departamento da Mancha, de onde foi deputado, além de prefeito da cidade de Cherburgo.
Nos últimos tempos indicou que deixará a política ativa quando terminar o atual mandato presidencial, em maio de 2017.