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Bispo alemão censura padre que apoia islamofobia

Sacerdote padre participou de uma manifestação organizada pelo movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) na cidade de Duisburg

20 jan 2015 - 17h56
(atualizado às 21h01)
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Protesto anti-islã em Dresden (Getty)
Protesto anti-islã em Dresden (Getty)
Foto: BBC Mundo / Copyright

O bispo Felix Genn de Münster, na Alemanha, proibiu nesta terça-feira o sacerdote Paul Spälting de sua diocese de fazer celebrações e, portanto, falar em nome da Igreja tanto dentro quanto fora do templo, após sua participação em uma manifestação de caráter islamofóbico.

Segundo um comunicado emitido pelo Bispado, recentemente, o sacerdote padre participou de uma manifestação organizada pelo movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) na cidade de Duisburg e subiu ao palco para discursar para o público.

Alemães marcham contra a islamofobia:

"Com suas abordagens, o sacerdote cria bases para ideologias de direita, para a xenofobia e para um enfrentamento entre religiões que não tem lugar dentro da Igreja Católica", denunciou Felix Genn, que aplicou o artigo 764 do Código Canônico.

No discurso, Spälting criticou que a catedral de Colônia que apagou as luzes durante recente manifestação da Pegida em Duisburg, como mostra de rejeição a esse movimento. O padre falou ainda contra a chanceler, Angela Merkl, que disse que o islã fazia parte da Alemanha.

Conforme o comunicado, o Bispado rejeitou com contundência a visão "distorcida" que o sacerdote tem do passado e do presente e tachou de "perigosas" suas palavras, ao incitar o ódio ao islã.

"Ele abusou de sua autoridade como sacerdote e pastor", explicou Felix Genn, que elogiou os cristãos estão indo às ruas da Alemanha contra a islamofobia.

EFE   
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