Britânica descobre clone online com vida fictícia
Impostora criou outros perfis que se comunicavam entre si
A britânica Ruth Palmer descobriu em janeiro deste ano que seu perfil vinha sendo violado há três anos por uma pessoa que se identificava nas redes sociais como Leah Palmer.
Seu clone, uma bonita jovem britânica de 20 anos que vive em Dubai, não se satisfazia em apenas roubar suas fotos e informações. Ela também roubava fotos de seus parentes e amigos para criar outros perfis falsos, que se comunicavam entre si. Dessa forma, Leah Palmer conseguiu mais de 800 seguidores em sua conta no Instagram, que exibe nada mais nada menos que mais de 900 fotografias de Ruth e seus amigos.
A descoberta aconteceu quando uma amiga da faculdade de Ruth cruzou com o perfil da impostora, onde o marido de Ruth era descrito como um "ex-namorado psicótico".
Por meio dos perfis falsos, Leah se relacionou com pelo menos seis homens, com os quais Ruth entrou em contato para acabar com a farsa. Ruth chegou a ligar para a falsária depois de conseguir os números que ela havia divulgado entre seus admiradores, mas eles foram desativados após a primeira tentativa.
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Empresas que administram as redes sociais afirmaram ter eliminado os perfis falsos criados por Leah, mas outros surgiram no lugar. A polícia se propôs a ajudar, mas nada podia fazer diante da inexistência de um crime e de uma pessoa que não usava o nome completo de Ruth.
A vítima decidiu então divulgar o seu drama para chamar atenção para esse tipo de prática. "O que pode ser feito quando algo errado acontece nas redes sociais? É preciso ter apoio ou haver mudança nas leis", argumenta.
De acordo com o advogado especializado em direito de imagens Adam Rendle, a solução para casos como esse está no uso indevido de fotografias. Ele explica que a vítima pode usar o argumento de que o impostor não tem direito sobre as fotos e os vídeos roubados para impedir que ele continue a usar o material. Os sites, por sua vez, têm o hábito de remover conteúdos que infringem direitos.