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Capitão do Costa Concordia é condenado a 16 anos de prisão

Comandante recorrerá de decisão em liberdade

11 fev 2015 - 17h11
(atualizado às 18h38)
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Francesco Schettino durante seu julgamento em Grosseto, na Itália, em 11 de fevereiro
Francesco Schettino durante seu julgamento em Grosseto, na Itália, em 11 de fevereiro
Foto: Gregorio Borgia / AP

O ex-capitão Francesco Schettino foi condenado a 16 anos de prisão pelo naufrágio do cruzeiro Costa Concordia em janeiro de 2012, que causou a morte de 32 pessoas.

O tribunal rejeitou, contudo, o pedido dos promotores para que Schettino fosse imediatamente detido. Na Itália, os réus têm dois níveis de apelação e as sentenças não começam a ser cumpridas até que esses recursos sejam esgotados, o que pode levar anos.

Conhecido mundialmente como o "capitão covarde" pelo naufrágio do navio de cruzeiros Costa Concordia, Francesco Schettino chorou ao prestar depoimento na fase final de seu julgamento em Grosseto, na Itália. 

"Talvez vocês não entenderam que, naquele dia 13 de janeiro de 2012, uma parte de mim também morreu", disse Schettino aos juízes, em uma declaração espontânea ao tribunal. "Fui acusado de não ter me sensibilizado pelas vítimas. Mas é minha maneira de exibir meus próprios sentimentos. Escolhi não instrumentalizar a dor", disse o ex-comandante, que chorou ao relembrar encontros que teve com sobreviventes em sua casa. "Não queria nada disso", contou.

O promotor Stefano Pizza pediu ao tribunal uma pena de 26 anos e três meses de prisão para o ex-comandante. Schettino é acusado de homicídio e lesão culposa (14 anos), naufrágio culposo (nove anos), abandono de incapazes (três anos) e omissões e falsas declarações (três meses).

Já a defesa do ex-comandante pediu sua absolvição. Schettino e seus advogados apontaram os sofrimentos, humilhações e ofensas que ele sofreu desde a tragédia, antes mesmo de ser condenado ou processado pelo acidente.

"É difícil chamar de 'vida' isso que estou vivendo. A mídia distorceu a realidade dos fatos", afirmou Schettino. 

Com informações da EFE e Ansa Brasil.

Fonte: Terra
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