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"Estava em pânico", diz cinegrafista que chutou refugiados

Petra László afirma que não é uma "repórter racista" e "sente sinceramente pelo ocorrido"

11 set 2015 - 08h26
(atualizado às 08h57)
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Cinegrafista húngara passa rasteira em refugiado e é demitida:

A cinegrafista que chutou e deu rasteiras em imigrantes que fugiam de um controle policial na Hungria, em uma área perto da fronteira com a Sérvia, lamentou seu comportamento, que justificou devido a um ataque de pânico.

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"Sinto sinceramente pelo ocorrido (...) praticamente estou em um estado de choque pelo que fiz e pelo que estão fazendo comigo", disse Petra László em carta divulgada nesta sexta-feira (11) pela imprensa húngara. A polícia de Budapeste interrogou a cinegrafista, a quem a promotoria acusa de vandalismo.

Petra alegou que quando estava trabalhando com sua câmera no centro de encontro de refugiados de Röszke, centenas de pessoas começaram a correr em sua direção, o que lhe causou temor. "É difícil tomar decisões corretas quando se está em pânico", declarou.

Petra László, que trabalhava para a rede de televisão N1, próxima ao partido de extrema direita Jobbik, deu uma rasteira em um homem que fugia da polícia com o filho no colo, após passar a noite na região em condições precárias. Em outras imagens a mesma cinegrafista é vista dando chutes em vários refugiados que corriam, incluindo uma menina.

"Como mãe, lamento muito que o destino tenha me levado até uma menina, algo que naquele momento não percebi. Estava em pânico, e agora me vejo nas gravações como se não fosse eu", disse, acrescentando que se arrependeu do que fez e que assumirá a responsabilidade.

Petra afirmou que não merece "a caça de bruxas política" que alega estar sofrendo e também as ameaças, algumas de morte, e se defendeu garantindo que não é uma "repórter racista". "Só sou uma mulher, uma mãe agora sem trabalho que em uma situação de pânico tomou uma decisão equivocada", disse ela em carta divulgada pelo portal Index.

EFE   
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