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Com abertura de Cuba, Hollande busca papel maior para França

11 mai 2015 - 17h53
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O presidente francês, François Hollande, pediu pelo fim do embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba e vislumbrou um papel maior para a França no engajamento de Cuba com o Ocidente, durante a primeira visita de um chefe de Estado francês a Cuba.

Presidente da França, François Hollande, durante conferência na Universidade de Havana, em Cuba, nesta segunda-feira. 11/05/2015
Presidente da França, François Hollande, durante conferência na Universidade de Havana, em Cuba, nesta segunda-feira. 11/05/2015
Foto: Enrique de la Osa / Reuters

Cuba está em negociações diplomáticas com a União Europeia e os EUA em meio a um intenso interesse mundial no país após uma reaproximação com Washington em dezembro.

Hollande, viajando com uma série de executivos franceses, é o primeiro líder europeu ocidental no cargo a visitar Cuba desde que o primeiro-ministro espanhol Felipe González foi à ilha em 1986, e disse esperar que outros em breve sigam seu exemplo.

"Qualquer coisa que a França possa fazer para ter certeza... que a abertura seja confirmada, a fim de que as medidas que têm prejudicado tanto o desenvolvimento de Cuba possam ser rescindidas, de modo que a identidade de cada país seja respeitada, é isso que tem de ser feito", disse Hollande em uma conversa com estudantes, após um discurso na Universidade de Havana.

Hollande já havia dito que sua viagem tinha um "significado especial" desde que o presidente norte-americano, Barack Obama, reverteu mais de meio século de política hostil dos EUA em relação a Cuba em dezembro, quando ele e o presidente cubano, Raúl Castro, anunciaram que iriam restaurar os laços diplomáticos e trocar prisioneiros.

Obama, democrata, pediu ao Congresso para remover o embargo, mas encontrou resistência por parte dos republicanos, que controlam tanto o Senado como a Câmara dos Deputados.

A França há muito se opõe ao embargo dos EUA a Cuba, e o fim dele também ajudaria empresas francesas que fazem negócios no país, embora também poderia aumentar a concorrência para a exportadora de grãos francesa Groupe Soufflet, que tem um nicho de mercado de trigo em Cuba.

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