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Combates no leste da Ucrânia deixam pelo menos 20 mortos

Tropas ucranianas perderam quatro soldados e outros 30 oficiais estão feridos, milicianos pró-russos engrossam as estatísticas; um helicóptero também foi derrubado nesta segunda-feira

5 mai 2014 - 17h28
(atualizado às 17h30)
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<p>Velório da jovem de 21 anos, estudante de enfermagem, que jazia no caixão vestida de noiva nesta segunda-feira</p>
Velório da jovem de 21 anos, estudante de enfermagem, que jazia no caixão vestida de noiva nesta segunda-feira
Foto: AP

Forças governamentais e milícias pró-russas protagonizaram nesta segunda-feira intensos combates nos arredores de Slaviansk, no leste da Ucrânia, onde pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas.

O ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, admitiu que as tropas ucranianas sofreram quatro baixas e outros 30 soldados ficaram feridos nos choques armados, nos quais as forças de Kiev perderam também um helicóptero Mi-24, o quarto derrubado pelos pró-russos nos últimos dias.

"Agora dispomos de dados sobre 20 milicianos mortos e dezenas de feridos entre a população civil", disse um porta-voz rebelde à agência russa "Interfax".

Os primeiros combates do dia aconteceram na cidade de Andreyevka, onde as tropas ucranianas recuperaram o controle da torre de televisão que transmite sinal a Slaviansk e à vizinha Kramatorsk.

Esta última cidade se despediu hoje do corpo de Yulia Izotova, uma jovem de 21 anos que morreu no sábado passado atingida por um disparo das tropas ucranianas quando levava comida para seu noivo, um miliciano pró-russo que montava guarda em um posto de controle de estrada.

Mais de duas mil pessoas se reuniram perto da prefeitura, transformada no quartel-general das milícias pró-russas, no funeral da jovem, estudante de enfermagem, que jazia no caixão vestida de noiva.

"Malditos, como puderam matá-la?", perguntava desconsolada uma mulher, junto ao caixão, coberto de flores.

Enquanto isso, em Andreyevka, a cerca de 20 quilômetros, os milicianos pró-russos atacavam as posições das tropas ucranianas junto à torre de televisão.

"Acaba de ocorrer um forte tiroteio, tenha cuidado, há franco-atiradores", disse um morador de Andreyevska a um grupo de jornalistas, entre eles a Agência Efe, que tinha se transferido de Kramatorsk a essa cidade.

A veracidade de suas palavras ficou confirmada pouco depois na estrada quando, no meio de uma incessante chuva, dois milicianos pró-russos de Kalashnikov começaram a "requisitar" carros com o propósito declarado de transferir companheiros feridos.

O chefe das forças de autodefesa destacou que os rebeldes conseguiram "frear o avanço do inimigo nas imediações de cidade (Slaviansk), mas com muitas dificuldades", em particular junto à cidade de Semionovka.

Por sua parte, o ministro do Interior ucraniano reconheceu que os rebeldes pró-russos contam com armamento pesado, o que desacelera o avanço das forças leais a Kiev.

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Segundo Avakov as milícias pró-russas estariam integradas por menos de mil de soldados, entre eles veteranos de guerra e militares que serviram nos exércitos soviético, russo e ucraniano.

Em entrevista à imprensa em um dos postos de controle na entrada de Slaviansk, o titular de Interior afirmou que a operação para neutralizar as milícias e retomar a cidade - que se iniciou na sexta-feira passada - é lenta porque querem evitar vítimas civis.

"Nossas forças não invadem bairros residenciais e se impuseram a limitação de não atacar onde há população civil", explicou.

"Estamos de pés e mãos atados, já que a nosso redor há população pacífica. Alguns nos apoiam, outros não, isso não importa: os militares ucranianos não podem disparar na população pacífica", insistiu.

Igor Strelkov, o chefe militar dos rebeldes, admitiu que as milícias se encontram em grande inferioridade numérica perante as forças ucranianas, mas assegurou que ele e seus homens não abandonarão a cidade.

"Resistiremos até o fim, mas se não recebermos ajuda, nos aniquilarão", disse à agência russa "RIA Novosti".

Em sua nova ofensiva contra Sklaviansk e Kramatorsk, as tropas ucranianas foram reforçadas com soldados da Guarda Nacional.

EFE   
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